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Descarrilamento de trem deixa três mortos na Itália

Mais de 100 pessoas ficaram feridas, 12 gravemente, no acidente desta quinta-feira (25) de manhã, perto da cidade italiana de Milão

Acidente de trem: a Procuradoria de Milão abriu uma investigação e, de acordo com a imprensa (Divulgação/Reuters)

Acidente de trem: a Procuradoria de Milão abriu uma investigação e, de acordo com a imprensa (Divulgação/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 18h45.

Três mulheres morreram, e mais de 100 pessoas ficaram feridas, 12 gravemente, quando um trem regional descarrilou nesta quinta-feira (25) de manhã, perto da cidade italiana de Milão - anunciou uma fonte dos serviços de resgate.

O descarrilamento aconteceu por volta das 7h (4h, horário de Brasília) nos arredores dessa cidade do norte da Itália, disse a diretora regional dos serviços de socorro em Milão, Cristina Corbetta, à Sky TG24.

Um dos vagões ficou atravessado na via, e bombeiros e socorristas precisaram trabalhar durante horas para cortar os ferros retorcidos e retirar os passageiros presos.

Os feridos eram retirados de maca, e aqueles em estado mais grave eram atendidos em um campo próximo.

Três helicópteros evacuaram os feridos, enquanto outro sobrevoava a área.

Coberto com uma manta térmica e usando máscara de oxigênio, um desses feridos foi transferido para um dos helicópteros.

As primeiras imagens divulgadas pelos bombeiros mostravam pelo menos um passageiro bloqueado em seu assento, entre a chapa do teto e a parede do vagão, deformada pelo choque.

Segundo um diretor da Rede Ferroviária Italiana (RFI), o acidente poderia ter ocorrido devido a uma ruptura de uma das vias a 1 km do local do acidente.

- 'Socorro, mãe!' -

Uma mãe contou ao jornal "La Repubblica" que sua filha telefonou para ela exatamente na hora do acidente.

"Mãe, socorro, o trem está descarrilando!", disse a filha.

Segundo os depoimentos dados aos jornais italianos, o trem começou a tremer de repente, como se passasse por cima de pedras. Depois, freou de forma brutal, e o veículo saiu dos trilhos. Apenas os vagões intermediários do comboio se descarrilaram.

A Procuradoria de Milão abriu uma investigação e, de acordo com a imprensa, o maquinista já está sendo interrogado.

O episódio aconteceu nas imediações de Segrate, um subúrbio no nordeste de Milão e uma das últimas paradas até chegar ao centro da cidade. O trem regional saiu de Cremona às 5h32 locais (2h32, em Brasília) e deveria chegar a Milão às 7h24 (4h24, em Brasília).

O papa Francisco se declarou "profundamente entristecido" pelo drama e declarou que rezaria pelas vítimas.

Os passageiros eram, sobretudo, pessoas que seguiam para o trabalho na capital econômica italiana e estudantes.

Composto de seis ou oito vagões, segundo fontes consultadas pela AFP, esse trem integra a companhia regional lombarda Trenord, que pertence ao grupo público Trenitalia e à Ferrovie Nord Milano FNM, uma empresa ferroviária que opera principalmente no norte da península.

Às 8h locais (5h, horário de Brasília), Trenord informou os passageiros sobre a interrupção do serviço por "um problema técnico em um trem", o que provocou duras críticas nas redes sociais.

Este é o mais grave acidente desde a catástrofe ferroviária que deixou 23 mortos em julho de 2016 em Puglia, no sul do país.

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