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Crise e austeridade marcam décimo aniversário do euro

Pede-se que os governos do bloco monetário façam economias e consolidem suas finanças para superar a crise dos países que adotaram a moeda

A crise começou na Grécia há mais de dois anos e, desde então, forçou Irlanda e Portugal a buscarem resgates (Philippe Huguen/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2012 às 16h11.

Berlim - Formuladores de políticas marcaram o décimo aniversário da introdução do euro neste domingo pedindo que governos do bloco monetário façam economias e consolidem suas finanças para superar a crise da dívida.

Embora o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, tenha afirmado que o euro é uma "clara história de sucesso" e prometido que a moeda permanecerá estável, ele também incitou os Estados-membros deficitários a seguir um duro percurso de poupança em 2012, aumentar sua competitividade e trabalhar para reconquistar a confiança do mercado.

"Isso não é uma crise do euro, mas uma crise de dívida em alguns membros do bloco", disse Schaeuble ao jornal alemão Bild em uma entrevista que será publicada na edição de segunda-feira.

A crise começou na Grécia há mais de dois anos e, desde então, forçou Irlanda e Portugal a buscarem resgates. Agora, ela ameaça os esforços da terceira maior economia do bloco, a Itália, de levantar 450 bilhões de euros (580 bilhões de dólares) para financiar sua dívida neste ano.

O diretor do banco Standard Chartered disse a um jornal inglês que líderes políticos ainda precisam oferecer uma solução significativa para a crise.

"Começamos 2012 com perspectivas muito difíceis para a zona do euro... com uma possibilidade crescente de que países deixem o bloco", disse Peter Sands, presidente-executivo do banco, ao Sunday Telegraph.

A própria chanceler da Alemanha, Angela Merkel, alertou que 2012 será mais difícil que 2011 e que a Europa ainda tem um longo caminho a percorrer na superação da crise.

Na Itália, o presidente Giorgio Napolitano pediu sacrifícios. "Ninguém pode se esquivar hoje em dia de sua responsabilidade de contribuir para por as contas públicas em ordem e evitar o colapso financeiro da Itália", disse Napolitano em um pronunciamento televisionado nacionalmente no sábado.


"É difícil reconquistar credibilidade após tanto terreno perdido, e os títulos de nossa dívida -apesar de alguns sinais encorajadores nos últimos dias- permanecem sob ataque nos mercados financeiros", disse o presidente.

Na França, o presidente do Conselho Executivo do Banco Central Europeu, Christian Noyer, defendeu a união monetária, afirmando que o euro ainda pode se tornar a principal moeda do mundo caso os líderes do bloco de 17 Estados-membros tenham sucesso em reforçar a integração fiscal.

Líderes da União Europeia concordaram em realizar uma cúpula de emergência em 9 de dezembro para esboçar um novo tratado para uma maior união econômica. A Grã-Bretanha foi o único país entre os 27 membros da União Europeia a se recusar a participar da iniciativa.

"Se implementarmos todas as decisões tomadas na cúpula em Bruxelas, sairemos mais fortes", disse Noyer em um artigo para o Journal du Dimanche marcando o aniversário do euro. As notas e moedas do euro foram introduzidas em 2002, três anos após começarem a ser negociadas eletronicamente.

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Berlim - Formuladores de políticas marcaram o décimo aniversário da introdução do euro neste domingo pedindo que governos do bloco monetário façam economias e consolidem suas finanças para superar a crise da dívida.

Embora o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, tenha afirmado que o euro é uma "clara história de sucesso" e prometido que a moeda permanecerá estável, ele também incitou os Estados-membros deficitários a seguir um duro percurso de poupança em 2012, aumentar sua competitividade e trabalhar para reconquistar a confiança do mercado.

"Isso não é uma crise do euro, mas uma crise de dívida em alguns membros do bloco", disse Schaeuble ao jornal alemão Bild em uma entrevista que será publicada na edição de segunda-feira.

A crise começou na Grécia há mais de dois anos e, desde então, forçou Irlanda e Portugal a buscarem resgates. Agora, ela ameaça os esforços da terceira maior economia do bloco, a Itália, de levantar 450 bilhões de euros (580 bilhões de dólares) para financiar sua dívida neste ano.

O diretor do banco Standard Chartered disse a um jornal inglês que líderes políticos ainda precisam oferecer uma solução significativa para a crise.

"Começamos 2012 com perspectivas muito difíceis para a zona do euro... com uma possibilidade crescente de que países deixem o bloco", disse Peter Sands, presidente-executivo do banco, ao Sunday Telegraph.

A própria chanceler da Alemanha, Angela Merkel, alertou que 2012 será mais difícil que 2011 e que a Europa ainda tem um longo caminho a percorrer na superação da crise.

Na Itália, o presidente Giorgio Napolitano pediu sacrifícios. "Ninguém pode se esquivar hoje em dia de sua responsabilidade de contribuir para por as contas públicas em ordem e evitar o colapso financeiro da Itália", disse Napolitano em um pronunciamento televisionado nacionalmente no sábado.


"É difícil reconquistar credibilidade após tanto terreno perdido, e os títulos de nossa dívida -apesar de alguns sinais encorajadores nos últimos dias- permanecem sob ataque nos mercados financeiros", disse o presidente.

Na França, o presidente do Conselho Executivo do Banco Central Europeu, Christian Noyer, defendeu a união monetária, afirmando que o euro ainda pode se tornar a principal moeda do mundo caso os líderes do bloco de 17 Estados-membros tenham sucesso em reforçar a integração fiscal.

Líderes da União Europeia concordaram em realizar uma cúpula de emergência em 9 de dezembro para esboçar um novo tratado para uma maior união econômica. A Grã-Bretanha foi o único país entre os 27 membros da União Europeia a se recusar a participar da iniciativa.

"Se implementarmos todas as decisões tomadas na cúpula em Bruxelas, sairemos mais fortes", disse Noyer em um artigo para o Journal du Dimanche marcando o aniversário do euro. As notas e moedas do euro foram introduzidas em 2002, três anos após começarem a ser negociadas eletronicamente.

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