Rio Xingu, onde deve ser construída a usina de Belo Monte: o país pode abrir mão do potencial da Amazônia? (Paulo Jares/VEJA)
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2011 às 18h30.
Cuiabá - O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), grupo de 10 construtoras lideradas pela Andrade Gutierrez e contratadas pela Norte Energia para realizar a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira do Pará, informou que as obras da usina hidrelétrica Belo Monte foram retomadas hoje. Segundo o Consórcio, a paralisação de quase cinco dias não comprometeu o cronograma da construção da usina.
A greve começou na última sexta-feira. Os trabalhadores reivindicavam melhores salários e condições de trabalho, benefícios, folgas para passar as festas de fim de ano com suas famílias, o pagamento de horas extras aos sábados, reajuste no vale-alimentação e instalação de telefones nos canteiros de obras. Atualmente, o piso pago aos funcionários é de R$ 900.
O Movimento Xingu Vivo para Sempre, por outro lado, informou que o "panorama da greve nos canteiros de obra de Belo Monte está confuso". Segundo informações de alguns trabalhadores, afirma a assessoria do Movimento, cerca de 800 operários voltaram hoje ao trabalho no canteiro Santo Antonio. A maioria, no entanto, não teria embarcado e permanece em greve na cidade.
Orçada em R$ 25 bilhões, os canteiros de obras da hidrelétrica são quatro: Santo Antonio (sítio Belo Monte), Pimentel, Canais e Diques e Travessão 27. A greve começou no principal sítio da obra, o Santo Antonio. O empreendimento tem hoje cerca de quatro mil trabalhadores.
A assessoria do Consórcio informou que os trabalhadores teriam apresentado "suas reivindicações na reunião realizada no final da tarde de ontem".