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China quer que suas exportações de tecnologia sejam mais seguras

A afirmação foi feita pelo primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, cinco dias depois do acidente com um trem-bala que deixou 39 mortos no leste do país

O acidente foi provocado por um problema na sinalização atingida por um raio (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2011 às 10h35.

Pequim - As exportações chinesas vinculadas à alta tecnologia ferroviária devem ser mais eficazes e seguras, afirmou nesta quinta-feira o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, cinco dias depois do acidente com um trem-bala que deixou 39 mortos no leste do país.

"A construção de ferrovias de alta velocidade na China devem levar em conta a velocidade, a qualidade, a eficácia e a segurança. E a segurança deve ser prioritária", afirmou Wen, que visitou o lugar do acidente.

"Temos que conseguir progressos tecnológicos e trabalhar muito para transferir tecnologia com maior segurança", acrescentou Wen.

Companhias chinesas atuam na construção de linhas de alta velocidade na Venezuela, Turquia e Arábia Saudita. Além disso, a companhia chinesa CSR assinou um acordo em dezembro com a General Electric para fabricar trens bala nos Estados Unidos.

O acidente com o trem bala que matou 39 pessoas no sábado passado no leste da China foi provocado por um problema na sinalização atingida por um raio, explicou o Bureau Ferroviário de Xangai, citado pela agência oficial Nova China.

O sistema de sinalização "não pôde passar do sinal verde ao vermelho" e isto provocou a catástrofe ferroviária que quebrou a confiança na rede de trens chineses de alta velocidade, disse An Lusheng, chefe do Bureau Ferroviário.

O choque ocorreu entre dois trens, um parado por falta de corrente elétrica, devido a um apagão causado por um raio, e outro que seguia pela mesma linha.

O acidente aconteceu nas proximidades da cidade de Wenzhou, na província de Zhejiang (leste).

Esta semana circularam informações de que o governo chinês teria ordenado aos meios de comunicação que se limitassem a difundir a versão oficial sobre o choque entre dois trens em Wenzhou, segundo denunciou o China Digital Times, um site com sede nos Estados Unidos.

Os meios de comunicação tiveram que "usar a informação difundida pelas autoridades e não realizar entrevistas independentes", segundo um documento oficial do departamento de Propaganda citado pelo China Digital Times.

No entanto, a imprensa chinesa continuava difundindo informações e pontos de vista independentes.

"Cresce a revolta ante a falta de respostas depois do acidente", indicou o jornal em inglês Global Times na terça-feira.

Também se especula sobre a possível intenção das autoridades de manipular a investigação do ocorrido.

A catástrofe de Wenzhou alimenta as dúvidas sobre a segurança dos trens de alta velocidade na China, que nos últimos anos se desenvolveram rapidamente.

O trem se chocou com outra composição que estava parada, por falta de corrente elétrica devido a um apagão causado por um raio, informou a agência Nova China na ocasião.

O choque provocou o descarrilamento do trem parado sobre um viaduto e dois de seus vagões caíram do alto, na cidade de Wenzhou, na província de Zhejiang (leste).

O trem parado sobre o viaduto realizava o trajeto entre Hangzhou e Wenzhou.

Fotos postadas em sites chineses e em microblogs mostram vagões pendurados a uma altura de 20 metros.

A China está investindo bilhões de dólares na construção de malha ferroviária.

Recentemente, no dia 30 de junho, Wen Jiabao inaugurou oficialmente uma linha de alta velocidade, com custo avaliado em 33 bilhões de dólares, entre Pequim e Xangai, que reduziu o tempo de viagem entre as duas cidades para menos de cinco horas.

Temendo perder clientes, algumas companhias aéreas diminuíram os preços em até 65%, o que faz com que viajar em avião agora seja mais barato que viajar de trem, segundo a imprensa chinesa.

O novo percurso foi inaugurado no dia 1º de julho para celebrar o 90º aniversário do Partido Comunista da China e esperava-se que 80 milhões de passageiros passassem a utilizar por ano a nova linha ferroviária.

Contudo, a nova linha Pequim-Xangai tem sofrido problemas causados por falta de energia e tem sido criticada pela imprensa chinesa.

Além disso, os grandes investimentos transformaram o setor em foco de corrupção. Segundo uma auditoria estatal, pessoas ligadas à direção das construtoras desviaram no ano passado 187 milhões de iuanes (29 milhões de dólares) na linha projetada entre Pequim e Xangai.

Em abril de 2008, 72 pessoas foram mortas e mais de 400 ficaram feridas quando um trem descarrilou e foi atingido por um segundo trem na província de Shandong.

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Pequim - As exportações chinesas vinculadas à alta tecnologia ferroviária devem ser mais eficazes e seguras, afirmou nesta quinta-feira o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, cinco dias depois do acidente com um trem-bala que deixou 39 mortos no leste do país.

"A construção de ferrovias de alta velocidade na China devem levar em conta a velocidade, a qualidade, a eficácia e a segurança. E a segurança deve ser prioritária", afirmou Wen, que visitou o lugar do acidente.

"Temos que conseguir progressos tecnológicos e trabalhar muito para transferir tecnologia com maior segurança", acrescentou Wen.

Companhias chinesas atuam na construção de linhas de alta velocidade na Venezuela, Turquia e Arábia Saudita. Além disso, a companhia chinesa CSR assinou um acordo em dezembro com a General Electric para fabricar trens bala nos Estados Unidos.

O acidente com o trem bala que matou 39 pessoas no sábado passado no leste da China foi provocado por um problema na sinalização atingida por um raio, explicou o Bureau Ferroviário de Xangai, citado pela agência oficial Nova China.

O sistema de sinalização "não pôde passar do sinal verde ao vermelho" e isto provocou a catástrofe ferroviária que quebrou a confiança na rede de trens chineses de alta velocidade, disse An Lusheng, chefe do Bureau Ferroviário.

O choque ocorreu entre dois trens, um parado por falta de corrente elétrica, devido a um apagão causado por um raio, e outro que seguia pela mesma linha.

O acidente aconteceu nas proximidades da cidade de Wenzhou, na província de Zhejiang (leste).

Esta semana circularam informações de que o governo chinês teria ordenado aos meios de comunicação que se limitassem a difundir a versão oficial sobre o choque entre dois trens em Wenzhou, segundo denunciou o China Digital Times, um site com sede nos Estados Unidos.

Os meios de comunicação tiveram que "usar a informação difundida pelas autoridades e não realizar entrevistas independentes", segundo um documento oficial do departamento de Propaganda citado pelo China Digital Times.

No entanto, a imprensa chinesa continuava difundindo informações e pontos de vista independentes.

"Cresce a revolta ante a falta de respostas depois do acidente", indicou o jornal em inglês Global Times na terça-feira.

Também se especula sobre a possível intenção das autoridades de manipular a investigação do ocorrido.

A catástrofe de Wenzhou alimenta as dúvidas sobre a segurança dos trens de alta velocidade na China, que nos últimos anos se desenvolveram rapidamente.

O trem se chocou com outra composição que estava parada, por falta de corrente elétrica devido a um apagão causado por um raio, informou a agência Nova China na ocasião.

O choque provocou o descarrilamento do trem parado sobre um viaduto e dois de seus vagões caíram do alto, na cidade de Wenzhou, na província de Zhejiang (leste).

O trem parado sobre o viaduto realizava o trajeto entre Hangzhou e Wenzhou.

Fotos postadas em sites chineses e em microblogs mostram vagões pendurados a uma altura de 20 metros.

A China está investindo bilhões de dólares na construção de malha ferroviária.

Recentemente, no dia 30 de junho, Wen Jiabao inaugurou oficialmente uma linha de alta velocidade, com custo avaliado em 33 bilhões de dólares, entre Pequim e Xangai, que reduziu o tempo de viagem entre as duas cidades para menos de cinco horas.

Temendo perder clientes, algumas companhias aéreas diminuíram os preços em até 65%, o que faz com que viajar em avião agora seja mais barato que viajar de trem, segundo a imprensa chinesa.

O novo percurso foi inaugurado no dia 1º de julho para celebrar o 90º aniversário do Partido Comunista da China e esperava-se que 80 milhões de passageiros passassem a utilizar por ano a nova linha ferroviária.

Contudo, a nova linha Pequim-Xangai tem sofrido problemas causados por falta de energia e tem sido criticada pela imprensa chinesa.

Além disso, os grandes investimentos transformaram o setor em foco de corrupção. Segundo uma auditoria estatal, pessoas ligadas à direção das construtoras desviaram no ano passado 187 milhões de iuanes (29 milhões de dólares) na linha projetada entre Pequim e Xangai.

Em abril de 2008, 72 pessoas foram mortas e mais de 400 ficaram feridas quando um trem descarrilou e foi atingido por um segundo trem na província de Shandong.

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