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Centro da Colômbia sob 'calamidade pública' devido a incêndios florestais

Chamas consumiram cerca de 600 hectares da floresta de Cundinamarca

Colômbia: Soldados colombianos combatem um incêndio florestal em 24 de janeiro de 2024 em Nemocón (Alejandro Rincon/AFP Photo)

Colômbia: Soldados colombianos combatem um incêndio florestal em 24 de janeiro de 2024 em Nemocón (Alejandro Rincon/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 10h27.

Mais de vinte incêndios florestais assolaram, na quarta-feira, 24, a Colômbia, onde o governo declarou "calamidade pública" em duas regiões do centro do país devido a conflagrações associadas ao fenômeno El Niño.

O incêndio consumiu cerca de 600 hectares de floresta nos departamentos de Cundinamarca – onde fica a capital Bogotá – e Santander, segundo comunicado da Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD) do estado, que declarou emergência em ambas as regiões.

A medida libera recursos para "enfrentar rapidamente o impacto negativo sobre os recursos naturais do departamento", disse o governador de Cundinamarca, Jorge Emilio Rey. Outros sete departamentos também foram afetados pelo incêndio.

"Existem atualmente 25 incêndios florestais no território nacional", informou a UNGRD. As autoridades estão investigando se foram causados pela ação humana.

Cobertos por uma névoa de fumaça, os habitantes de Chapinero, um dos bairros mais comerciais de Bogotá, caminharam durante a noite usando máscaras.

Com desconforto nos olhos e na garganta, Marisol Santana disse que estava "aguardando" os anúncios oficiais. "Há muitas cinzas", disse à AFP esta garçonete de 50 anos, usando máscaras como "a maioria das pessoas" que viu na região.

"Vamos ver se conseguem apagar o fogo esta noite porque o vento está muito forte", lamentou.

Ecossistemas vitais para o ciclo da água localizados em altas montanhas também foram atingidos, como o Páramo de Berlim, em Santander, onde parte da sua tradicional vegetação frailejones foi consumida pelas chamas.

"Traremos ajuda internacional, que nestes casos se torna essencial", antecipou o presidente Gustavo Petro durante evento em Nariño (sudoeste), sem especificar quais países participarão das operações.

Nos últimos meses, a Colômbia enfrentou graves incêndios florestais devido ao calor extremo e às secas derivadas do El Niño, que deverão durar até junho, agravadas pelo aquecimento global.

Sete municípios do norte, centro e leste do país registraram na quarta-feira temperaturas até 39ºC.

A autoridade climática Ideam tem 883 dos 1.101 municípios colombianos sob alerta de incêndio, mais da metade (586) em alerta vermelho.

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