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Cardeal acusado de abusar de menores retorna à Austrália

George Pell é considerado como o número três do Vaticano

Pell: motivos legais impedem que a justiça australiana informem número e natureza das acusações. (Remo Casilli/Reuters)

Pell: motivos legais impedem que a justiça australiana informem número e natureza das acusações. (Remo Casilli/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de julho de 2017 às 06h35.

Bangcoc - O cardeal George Pell, considerado como o número três do Vaticano, retornou nesta segunda-feira para a Austrália para preparar sua defesa contra a acusação de abuso de menores e comparecer a um tribunal no próximo dia 26 em Melbourne, informou a imprensa local.

O religioso, de 76 anos, foi gravado em sua chegada ao aeroporto de Sydney, após fazer escala em Cingapura, ao entrar em um carro branco que o esperava, publicou o canal local "9 news".

A polícia do estado de Victoria apresentou no final do mês passado acusações formais contra o religioso.

O máximo representante da Igreja católica australiana é suspeito de ter abusado sexualmente de menores quando era sacerdote de Ballarat (1976-1980) e quando foi arcebispo de Melbourne (1996-2001).

Pell não quis fazer declarações em seu retorno à Austrália, ainda que no dia 30 de junho em Roma tenha negado todas as acusações.

Por motivos legais, a justiça australiana não pode informar o "número de queixas" nem a "natureza das acusações" que pesam sobre o religioso.

Não é a primeira vez que o atual cardeal é acusado de abusos sexuais, já que em 2002, quando era arcebispo de Sydney, um homem assegurou ter sofrido abusos sexuais por ele em 1961, quando tinha 12 anos e Pell estava se formando para ser sacerdote.

Na época, as investigações inocentaram Pell.

O cardeal foi o primeiro dirigente católico a abordar os abusos sexuais contra menores dentro da Igreja australiana, com a implementação em 1996 de um programa de compensações econômicas, ainda que tenha recebido críticas por não dar suficiente apoio às vítimas.

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