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Candidato a suceder Netanyahu retomará processo de paz

Segundo as últimas pesquisas, o líder trabalhista disputaria com Netanyahu a possibilidade de formar um governo

Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: sucessor afirma que buscará "reatar o processo com nossos vizinhos palestinos baseado em uma plataforma regional, predominantemente com a Jordânia e Egito" (Gali Tibbon/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 14h15.

Jerusalém - O dirigente trabalhista israelense Isaac Herzog, principal candidato a substituir o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira que se conseguir formar governo após as eleições de 17 de março retomará o processo de paz com os palestinos .

"Buscarei reatar o processo com nossos vizinhos palestinos baseado em uma plataforma regional, predominantemente com a Jordânia e Egito", disse hoje a imprensa estrangeira. Herzog concorre às eleições em uma coalizão com Tzipi Livni, líder do partido centrista Hatnuah e ex-chefe da equipe negociadora israelense.

Segundo as últimas pesquisas, o líder trabalhista disputaria com Netanyahu a possibilidade de formar um governo, mas tudo dependerá, como costuma ocorrer no fragmentado cenário parlamentar israelense, da capacidade para formar uma coalizão estável.

Herzog ressaltou, no entanto, que "se ocupar o cargo de primeiro-ministro" buscará medir qual é o "espírito" dos palestinos e se desejam realizar um novo processo bilateral com Israel ou continuar pelo caminho do unilateralismo.

"Não sei que tipo de espírito observaremos entre os palestinos a partir de 17 de março, nem sei que tipo de liderança palestina encontrarei", comentou o político israelense, que em várias ocasiões se reuniu com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, inclusive na sede de seu Executivo, em Ramala.

"Pode se tratar de uma liderança apaixonada em demasia dos passos unilaterais, incluídas ameaças a nossos filhos e filhas na Corte Internacional de Justiça, algo totalmente inaceitável para mim, e pode optar por não retornar às negociações bilaterais", afirmou.

Herzog, no entanto, disse que fará todo o possível para retomar o diálogo de paz, mas mostrou certo grau de incerteza sobre o momento que o conflito atravessa.

"Farei todo o possível para retornar as conversas e reavivar o processo com nossos vizinhos, mas sejamos lúcidos a respeito: a situação hoje entre israelenses e palestinos não é a melhor, mas um dos piores períodos em nossas relações", opinou.

Apesar disso, defendeu a construção de medidas de confiança mútua e o diálogo como elementos para sair do atoleiro em que se encontra o processo de paz.

No plano interno, comprometeu-se a impulsionar uma agenda econômica social que provoque uma mudança em Israel, e em âmbito internacional reforçar e melhorar a relação estratégica com os Estados Unidos.

Além disso, considerou um "erro" Netanyahu fazer um discruso no Congresso dos Estados Unidos, em 3 de março, a convite da maioria republicana.

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"Buscarei reatar o processo com nossos vizinhos palestinos baseado em uma plataforma regional, predominantemente com a Jordânia e Egito", disse hoje a imprensa estrangeira. Herzog concorre às eleições em uma coalizão com Tzipi Livni, líder do partido centrista Hatnuah e ex-chefe da equipe negociadora israelense.

Segundo as últimas pesquisas, o líder trabalhista disputaria com Netanyahu a possibilidade de formar um governo, mas tudo dependerá, como costuma ocorrer no fragmentado cenário parlamentar israelense, da capacidade para formar uma coalizão estável.

Herzog ressaltou, no entanto, que "se ocupar o cargo de primeiro-ministro" buscará medir qual é o "espírito" dos palestinos e se desejam realizar um novo processo bilateral com Israel ou continuar pelo caminho do unilateralismo.

"Não sei que tipo de espírito observaremos entre os palestinos a partir de 17 de março, nem sei que tipo de liderança palestina encontrarei", comentou o político israelense, que em várias ocasiões se reuniu com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, inclusive na sede de seu Executivo, em Ramala.

"Pode se tratar de uma liderança apaixonada em demasia dos passos unilaterais, incluídas ameaças a nossos filhos e filhas na Corte Internacional de Justiça, algo totalmente inaceitável para mim, e pode optar por não retornar às negociações bilaterais", afirmou.

Herzog, no entanto, disse que fará todo o possível para retomar o diálogo de paz, mas mostrou certo grau de incerteza sobre o momento que o conflito atravessa.

"Farei todo o possível para retornar as conversas e reavivar o processo com nossos vizinhos, mas sejamos lúcidos a respeito: a situação hoje entre israelenses e palestinos não é a melhor, mas um dos piores períodos em nossas relações", opinou.

Apesar disso, defendeu a construção de medidas de confiança mútua e o diálogo como elementos para sair do atoleiro em que se encontra o processo de paz.

No plano interno, comprometeu-se a impulsionar uma agenda econômica social que provoque uma mudança em Israel, e em âmbito internacional reforçar e melhorar a relação estratégica com os Estados Unidos.

Além disso, considerou um "erro" Netanyahu fazer um discruso no Congresso dos Estados Unidos, em 3 de março, a convite da maioria republicana.

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