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Em viagem de Alckmin, presidente da China elogia relação entre Brasil e o país asiático

Xi Jinping salientou a importância de acordos bilaterais entre o que ele chamou de "economias emergentes importantes"

Geraldo Alckmin durante a visita à China em junho de 2024 ( Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços)

Geraldo Alckmin durante a visita à China em junho de 2024 ( Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 7 de junho de 2024 às 10h47.

O presidente Xi Jinping elogiou a amizade entre China e Brasil ao afirmar para o vice-presidente Geraldo Alckmin que que os laços entre os países "vão muito além do âmbito das relações bilaterais".

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, com mais de 180 bilhões de dólares (946 bilhões de reais) em comércio bilateral em 2023, com semicondutores, smartphones e produtos farmacêuticos entre as principais exportações para o Brasil.

Desde que retornou ao poder no ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta estabelecer um equilíbrio delicado: busca aprofundar os laços com a China e, ao mesmo tempo, melhorar as relações com os Estados Unidos.

Brasil e China tentaram estabelecer posição como mediadores no conflito na Ucrânia, ao mesmo tempo que se recusaram a adotar sanções contra a Rússia por sua invasão.

"Atualmente, o mundo enfrenta grandes mudanças nunca vistas em um século", Xi declarou a Alckmin no início de uma reunião no Grande Salão do Povo de Pequim nesta sexta-feira, 7.

"Como países em desenvolvimento e economias emergentes importantes, os laços entre China e Brasil vão muito além do âmbito das relações bilaterais e são um modelo para promover a solidariedade e a cooperação entre as nações em desenvolvimento, assim como para a paz e a estabilidade do mundo", acrescentou o presidente chinês.

A visita de Alckmin a Pequim foi apontada como uma iniciativa para preparar a adesão do Brasil ao enorme projeto de infraestrutura chinês conhecido como Iniciativa do Cinturão e Rota.

Vários países sul-americanos aderiram à iniciativa, um pilar da estratégia do presidente Xi de expandir a influência da China.

Entre os países estão Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. O Brasil ainda não aderiu oficialmente.

"A China é, para nós, inspiradora", disse Alckmin a Xi, ao elogiar o sucesso da China em retirar centenas de milhões de pessoas da pobreza nas últimas décadas.

 

 

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