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Bogotá multará desperdício de água em meio a grave seca

Multas vão variar entre 700 mil e 1,2 milhão de pesos colombianos (R$ 931 a R$ 1.596)

Um homem coleta água com baldes antes do corte do serviço em La Calera, município vizinho de Bogotá (AFP Photo)

Um homem coleta água com baldes antes do corte do serviço em La Calera, município vizinho de Bogotá (AFP Photo)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 15 de abril de 2024 às 17h54.

Última atualização em 15 de abril de 2024 às 17h55.

A prefeitura de Bogotá começará a multar o desperdício de água em meio à grave seca que levou a cidade a um racionamento inédito que não obteve os resultados esperados, anunciou o prefeito da capital colombiana, Carlos Fernando Galán, nesta segunda-feira,15.

"Vamos começar a impôr multas por acidentes irresponsáveis que levem ao desperdício de água", disse o prefeito em uma coletiva de imprensa.

Desde a última quinta-feira, cerca de 10 milhões de pessoas em Bogotá e municípios próximos sofreram cortes programados no serviço de aqueduto em uma tentativa de elevar o nível da água nos reservatórios que os abastecem. Mas as medidas não foram suficientes em um país atingido pelo fenômeno climático El Niño e pelos efeitos do aquecimento global.

As multas vão variar entre 700 mil e 1,2 milhão de pesos colombianos (R$ 931 a R$ 1.596, na cotação atual).

Lavar carros, motos ou bicicletas na via pública e despejar resíduos de sabão e óleo serão algumas das ações penalizadas. O prefeito reforçou que a polícia fará vistorias para detectar possíveis flagrantes.

Desde o início da seca, os bairros de Bogotá ficam sem água por 24 horas a cada 10 dias e de acordo com o turno que lhes corresponde.

Antes de começar com o racionamento, a prefeitura propôs a redução do consumo de água em 11 metros cúbicos por segundo, mas Galán confirmou nesta segunda que a economia foi de 1,8 metro cúbico, mas as medidas restritivas podem ser mais severas nos próximos dias.

Sem estabelecer o montante das sanções, o prefeito disse, ainda, que os lares que excederem seu consumo mensal de água também terão uma cobrança adicional.

"O consumo básico (...) é de 11 metros cúbicos por mês, por este motivo quem consumir mais de 22 metros cúbicos por mês terá uma cobrança adicional na tarifa", afirmou.

Paralelamente, o fantasma de racionamento de energia assombra a Colômbia devido ao baixo nível das hidrelétricas, que entrarão em uma fase crítica se cair abaixo de 27%, disse Alejandro Castañeda, diretor-executivo da Associação Nacional de Empresas Geradoras de Energia.

Atualmente estão em 29,7%, afirmou Castañeda em uma entrevista à Blu Radio. "Estamos cada vez estamos mais perto (de ter cortes de energia), temos menos de três pontos percentuais de folga e não está chovendo nada", disse.

Nesta segunda-feira, o presidente Gustavo Petro se reunirá com o ministro de Minas e Energia, Andrés Camacho, para discutir possíveis medidas diante da crise.

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