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Biden insta Congresso a votar ajuda para a Ucrânia

Biden propôs um pacote de 60 bilhões de dólares (cerca de R$ 300 bilhões) à Ucrânia para que siga lutando contra a invasão russa

Guerra na Ucrânia: Rússia passou para a ofensiva, enquanto a Ucrânia sofre os primeiros reveses territoriais em meses, após racionar munição por conta da escassez (Eros Hoagland/AFP/Getty Images)

Guerra na Ucrânia: Rússia passou para a ofensiva, enquanto a Ucrânia sofre os primeiros reveses territoriais em meses, após racionar munição por conta da escassez (Eros Hoagland/AFP/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 10 de abril de 2024 às 19h58.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instou, nesta quarta-feira, 10, a Câmara dos Representantes a votar de imediato uma ajuda de bilhões de dólares à Ucrânia que segue bloqueada devido à pressão do republicano Donald Trump e de seus aliados.

"Há um apoio arrasador à Ucrânia entre a maioria de democratas e republicanos. Deveria haver uma votação já", declarou Biden aos jornalistas após uma reunião com o primeiro-ministro do Japão.

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Pacote bilionário

Biden propôs um pacote de 60 bilhões de dólares (cerca de R$ 300 bilhões) à Ucrânia para que siga lutando contra a invasão russa.

A verba foi aprovada pelo Senado, controlado pelos democratas, mas está parada na Câmara dos Representantes, cujo presidente, o republicano Mike Johnson, se recusa a colocar o projeto em votação. Johnson, por sua vez, afirma que está avaliando uma "série de caminhos".

"Os membros da Câmara continuam debatendo ativamente nossas opções sobre o caminho a ser seguido", disse o líder republicano aos jornalistas. "Há muitas ideias diferentes a respeito. Como sabem, é um assunto muito complicado em um momento muito complicado".

A Rússia passou para a ofensiva, enquanto a Ucrânia sofre os primeiros reveses territoriais em meses, após racionar munição por conta da escassez.

Os aliados europeus prometeram dar um passo à frente, mas nenhum deles tem a capacidade dos Estados Unidos.

Apoio internacional à Ucrânia

O ministro de Relaciones Exteriores do Reino Unido, David Cameron, reiterou esta semana em Washington que a credibilidade do Ocidente está em jogo diante do presidente russo, Vladimir Putin, e de outros adversários.

Johnson está no cargo desde outubro e tem que lidar com problemas dentro de seu próprio campo político. A ultraconservadora Marjorie Taylor Greene, que se opõe a qualquer compromisso com os democratas, ameaçou derrubá-lo.

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, acusou os republicanos de transformarem o partido de Ronald Reagan "pouco a pouco em um braço mensageiro do Kremlin".

Ele denunciou os apelos de alguns congressistas próximos a Trump para impulsionar um acordo no qual a Rússia fique com partes da Ucrânia. Schumer os comparou ao primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain, que acreditava que Hitler se limitaria a ocupar parte de Tchecoslováquia.

"Estes Neville Chamberlain modernos ignoram as advertências da História: os autocratas têm um apetite insaciável", disse Schumer.

"Se você der a um autocrata um pouco de terra, ele tentará conquistar um país. E se você der a um autocrata um país, ele tentará se apossar de um continente", acrescentou.

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