Biden diz que concorrerá à reeleição em 2024 se continuar saudável
Em uma entrevista à emissora ABC News que foi ao ar na noite da quarta-feira, 22, Biden disse que planeja se candidatar à reeleição se continuar "saudável"
Da redação, com agências
Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 09h38.
Última atualização em 23 de dezembro de 2021 às 09h56.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , disse que está ansioso para concorrer à reeleição contra Donald Trump em 2024 e lamentou não ter agido mais rapidamente para comprar os testes caseiros de covid-19 para distribuir ao público.
Em uma entrevista à emissora ABC News que foi ao ar na noite da quarta-feira, 22, Biden disse que planeja se candidatar à reeleição se continuar "saudável".
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O presidente americano tem 78 anos, e teria 82 nas próximas eleições.
Antes que Biden fosse eleito, a principal discussão no Partido Democrata era sobre a escolha de sua vice, Kamala Harris, pois seria quase certo que a ex-senadora da Califórnia poderia ser a substituta de Biden na corrida eleitoral em 2024. Mas, nos últimos meses, Biden tem dado sinais de que não descarta concorrer novamente.
Questionado na ABC sobre a possibilidade de concorrer se isso significasse enfrentar Trump, como ocorreu em 2020, Biden disse: "Por que eu não concorreria contra Donald Trump, se ele for o indicado? Isso aumentaria a possibilidade de concorrer."
Trump disse que está considerando seriamente outra candidatura à presidência, mas não tomou uma decisão. Uma porta-voz do ex-presidente americano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Biden também expressou publicamente, pela primeira vez, arrependimento por não ter agido antes sobre a distribuição gratuita de testes de covid-19 para o público. Ele anunciou na terça-feira, 21, que seu governo estava fazendo planos para comprar e distribuir 500 milhões de testes a partir de janeiro. "Gostaria de ter pensado nisso dois meses antes", disse.
Os EUA enfrentam nova onda de casos de covid-19 com o avanço da variante Ômicron, que já é a variante dominante em território americano e responde por mais de 70% das novas infecções no país.
Nos Estados Unidos, hospitais estão ficando lotados, centros de testagem estão acumulando longas filas e eventos esportivos e culturais estão sendo cancelados.
A dificuldade de Biden e de governos locais no país em ampliar a vacinação pode prejudicar o combate à nova cepa. Os EUA têm somente 61% da população do país com vacinação completa (duas doses ou dose única da Janssen) em meio à resistência de parte da população em se vacinar. No Brasil, quase 67% da população têm esquema vacinal completo.
O governo Joe Biden tentou implementar nacionalmente uma medida que faria com que empresas com mais de 100 funcionários fossem obrigadas a exigir vacinação dos colaboradores, mas a medida foi contestada judicialmente por estados conservadores, onde há menor taxa de vacinação e maior resistência ao imunizante.
(Com Estadão Conteúdo e AFP)