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Biden afirma que emergência climática é “a maior ameaça existencial da humanidade”

Presidente dos EUA discursou na terceira sessão do G20 que termina hoje no Rio de Janeiro

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden durante abertura do G20, no MAM, na zona central da capital fluminense (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden durante abertura do G20, no MAM, na zona central da capital fluminense (Tomaz Silva/Agência Brasil)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 14h01.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira, 19, na cúpula dos líderes do G20 no Rio de Janeiro que a emergência climática e a falta de progressos na transição energética e no reflorestamento são “a maior ameaça à existência da humanidade” e pediu avanços nesses objetivos porque “a história está nos observando".

Biden discursou hoje na terceira sessão da Cúpula do G20, centrada no desenvolvimento sustentável e na transição energética, para pedir mais compromissos de financiamento para essa transição e o perdão da dívida em troca de compromissos em projetos sustentáveis ​​e de descarbonização nos países pobres.

“Como líderes, precisamos encontrar formas de o dinheiro fluir para essas economias (de baixa renda)”, disse o governante americano neste segundo dia de reuniões de chefes de Estado e de governo encabeçadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Biden lembrou também que é fundamental combater o desmatamento, flagelo que pôde constatar em primeira mão há dois dias em uma viagem a Manaus.

“Temos que proteger as nossas florestas. Uma vez perdidas, é muito difícil recuperá-las”, acrescentou.

A Casa Branca anunciou nesta terça-feira que os EUA vão atribuir US$ 325 milhões ao Fundo de Investimento Climático do Banco Mundial (BM), um instrumento de financiamento para promover a descarbonização dos países em desenvolvimento e de baixa renda.

De acordo com funcionários do governo americano, esses fundos já foram depositados no Banco Mundial e não podem ser ameaçados pela próxima administração do presidente eleito, Donald Trump.

“É um instrumento que também existia durante a administração anterior e tem servido para mobilizar capital através de bancos multilaterais de desenvolvimento e para o desenvolvimento de energia limpa, por isso é duradouro e o capital está depositado em uma instituição com bom histórico e que continuará ampliando este financiamento", indicaram.

Esses funcionários consideraram que, se a administração Trump decidir reverter o progresso e parar as iniciativas para avançar em direção a uma nova economia e tecnologias limpas e sustentáveis, estará perdendo uma grande oportunidade econômica.

"Os Estados Unidos têm a vontade e o interesse econômico para alcançar os objetivos da Agenda 2030 e continuar no caminho para serem neutros em carbono em 2050. A questão é se queremos aproveitar esta oportunidade económica e se estas tecnologias limpas serão fabricadas nos Estados Unidos ou não, se vamos jogar no lixo essa oportunidade e os empregos que acabarão em países como a China", acrescentaram.

"Mesmo que o governo federal (liderado por Trump) se retire, os governos locais podem tirar partido desta mudança de paradigma econômico e tecnológico. Diante desta crise climática, é muito importante ter um governo federal que não negue a premissa fundamental disto (a mudança para tecnologias e energias verdes) ao ter em mãos a maior oportunidade econômica que o mundo viu em décadas", completaram as fontes da Casa Branca.

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