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Bernanke pede ao Congresso que evite moratória dos EUA

O presidente do Federal Reserve pediu que a Casa aprove o aumento do empréstimo nacional

Bernanke: "uma cessação de pagamentos da dívida ou dos benefícios sociais é um descumprimento das obrigações, que terá um impacto sobre a economia" (Mark Wilson/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 13h21.

Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, pediu nesta quinta-feira ao Congresso que aprove o aumento do empréstimo nacional e evite que os Estados Unidos entrem em moratória.

"O Congresso deve dar todos os passos possíveis para evitar a suspensão do pagamento da dívida ou a mera impressão que isso possa produzir", disse Bernanke, acrescentando, diante do Comitê de Bancos do Senado, que a qualificação de crédito é um símbolo reputação muito importante para o país.

O presidente Barack Obama e o Congresso seguem envolvidos em uma disputa sobre a redução do déficit fiscal enquanto se aproxima o dia 2 de agosto, data na qual os EUA chegarão ao limite autorizado de US$ 14,3 trilhões de endividamento.

Alguns membros do Congresso, como o representante republicano do Texas, Ron Paul, e os militantes do movimento Tea Party, acreditam que uma cessação de pagamentos não terá efeitos graves e que as advertências sobre uma diminuição na classificação do crédito da dívida do país não devem ser levadas a sério.

"Uma cessação de pagamentos da dívida ou dos benefícios sociais é um descumprimento das obrigações, que terá um impacto sobre a economia, mas ainda mais sobre a confiança", considerou Bernanke.

O presidente do banco central americano afirmou que "nesta circunstância não resta outra solução senão aumentar a dívida autorizada e depois trabalhar na forma de reduzir o déficit fiscal, que é uma ameaça maior em longo prazo".

A agência de classificação de risco Moody's confirmou na quarta-feira que está revisando a classificação, até agora excelente, dos bônus do Tesouro dos EUA para uma possível degradação, como consequência da possibilidade crescente que o Congresso não aumente a capacidade de endividamento do país.

A agência Standard & Poor também antecipou a legisladores e grupos empresariais que poderia rebaixar a qualificação do crédito do país se o Governo suspender alguns de seus pagamentos, incluídos os do Seguro Social, mesmo que o Executivo siga pagando os juros sobre sua dívida.

"Uma deterioração na qualificação de crédito quando faltam poucas semanas (para que se complete o prazo para aumentar o empréstimo autorizado) acarretará uma perda da confiança dos investidores", advertiu Bernanke.

Se os EUA suspenderem os pagamentos de seus compromissos e dívidas, segundo Bernanke, haverá um aumento das taxas de juros "inclusive dos juros do crédito, das hipotecas, e certamente do déficit fiscal".

Uma cessação de pagamentos causará ainda "cortes nos pagamentos a qualquer pessoa que receba benefícios sociais, nos pagamentos de serviços e nos salários das Forças Armadas", acrescentou.

De acordo com Bernanke, tudo isso freará a atividade econômica e piorará a situação do mercado de trabalho. "Com o aumento das taxas de juros, as empresas terão menos disposição para contratar novos empregados; e se o Governo cortar 40% de seus pagamentos, haverá uma eliminação de empregos", lamentou.

"Tudo isto é uma opção que não deveríamos sequer estar considerando", concluiu Bernanke.

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Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, pediu nesta quinta-feira ao Congresso que aprove o aumento do empréstimo nacional e evite que os Estados Unidos entrem em moratória.

"O Congresso deve dar todos os passos possíveis para evitar a suspensão do pagamento da dívida ou a mera impressão que isso possa produzir", disse Bernanke, acrescentando, diante do Comitê de Bancos do Senado, que a qualificação de crédito é um símbolo reputação muito importante para o país.

O presidente Barack Obama e o Congresso seguem envolvidos em uma disputa sobre a redução do déficit fiscal enquanto se aproxima o dia 2 de agosto, data na qual os EUA chegarão ao limite autorizado de US$ 14,3 trilhões de endividamento.

Alguns membros do Congresso, como o representante republicano do Texas, Ron Paul, e os militantes do movimento Tea Party, acreditam que uma cessação de pagamentos não terá efeitos graves e que as advertências sobre uma diminuição na classificação do crédito da dívida do país não devem ser levadas a sério.

"Uma cessação de pagamentos da dívida ou dos benefícios sociais é um descumprimento das obrigações, que terá um impacto sobre a economia, mas ainda mais sobre a confiança", considerou Bernanke.

O presidente do banco central americano afirmou que "nesta circunstância não resta outra solução senão aumentar a dívida autorizada e depois trabalhar na forma de reduzir o déficit fiscal, que é uma ameaça maior em longo prazo".

A agência de classificação de risco Moody's confirmou na quarta-feira que está revisando a classificação, até agora excelente, dos bônus do Tesouro dos EUA para uma possível degradação, como consequência da possibilidade crescente que o Congresso não aumente a capacidade de endividamento do país.

A agência Standard & Poor também antecipou a legisladores e grupos empresariais que poderia rebaixar a qualificação do crédito do país se o Governo suspender alguns de seus pagamentos, incluídos os do Seguro Social, mesmo que o Executivo siga pagando os juros sobre sua dívida.

"Uma deterioração na qualificação de crédito quando faltam poucas semanas (para que se complete o prazo para aumentar o empréstimo autorizado) acarretará uma perda da confiança dos investidores", advertiu Bernanke.

Se os EUA suspenderem os pagamentos de seus compromissos e dívidas, segundo Bernanke, haverá um aumento das taxas de juros "inclusive dos juros do crédito, das hipotecas, e certamente do déficit fiscal".

Uma cessação de pagamentos causará ainda "cortes nos pagamentos a qualquer pessoa que receba benefícios sociais, nos pagamentos de serviços e nos salários das Forças Armadas", acrescentou.

De acordo com Bernanke, tudo isso freará a atividade econômica e piorará a situação do mercado de trabalho. "Com o aumento das taxas de juros, as empresas terão menos disposição para contratar novos empregados; e se o Governo cortar 40% de seus pagamentos, haverá uma eliminação de empregos", lamentou.

"Tudo isto é uma opção que não deveríamos sequer estar considerando", concluiu Bernanke.

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