A imprensa conservadora australiana criticou a atitude da premiê Gillard (à esquerda) (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 06h03.
Sydney - A rainha Elizabeth II iniciou nesta quinta-feira seu programa de atividades, que inclui uma visita à feira de flores Floriade, em meio à polêmica pela recusa da primeira-ministra australiana, Julia Gillard, a fazer-lhe uma reverência durante sua chegada ao país.
A rainha e seu marido, o duque de Edimburgo, chegaram na quarta-feira a Canberra e foram recebidos pela governadora-geral da Austrália, Quentin Bryce, e a primeira-ministra do país, Julia Gillard, acompanhadas de centenas de estudantes.
Gillard, que defende a implantação da República, se limitou a dar a mão à rainha e a fazer uma inclinação com a cabeça, o que causou a indignação de alguns defensores da monarquia e da imprensa conservadora australiana.
A primeira-ministra assegurou nesta quinta-feira que seu gesto segue a linha do aceito pelo protocolo real, enquanto o site da Família Real indica que 'não há códigos obrigatórios de comportamento, só de cortesia', segundo a emissora local 'ABC'.
Esquivando-se de qualquer polêmica, a rainha Elizabeth II se reuniu nesta quinta-feira em Canberra com a governadora-geral da Austrália, Quentin Bryce, antes de partir em um navio rumo à feira de flores Floriade, a maior do país.
Ao lado de seu marido, a rainha atravessou o lago Burley Griffin, enquanto uma multidão, formada principalmente por mães e seus filhos, se concentrou nos arredores para cumprimentá-la.
Ao descer do navio, a rainha foi recebida pela chefe do Território da Capital Australiana, Katy Gallagher, e ganhou flores de duas meninas.
O casal real visitará as diversas exposições da feira, principalmente a do jardim vitoriano, que mostra plantas e legumes cultivados pelas famílias australianas durante a Segunda Guerra Mundial.
A viagem da rainha se centrará na cúpula da Commonwealth, que terá início na próxima semana para debater, principalmente, a possibilidade de modificar a lei que proíbe que o trono da Inglaterra seja ocupado por um católico ou pela filha primogênita se houver outros filhos homens.
Elizabeth II promoverá diversos contatos oficiais, participará de cerimônias militares e religiosas e visitará socorristas e desabrigados das inundações do princípio do ano no norte da Austrália, além de inaugurar um hospital infantil em Melbourne.