Sydney - As equipes contratadas pela Austrália para buscar os destroços do avião desaparecido da Malaysia Airlines rastrearam cerca de sete mil quilômetros quadrados de leito marinho no oceano Índico sem encontrar nada, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.
"Houve buscas até o momento em cerca de sete mil quilômetros de leito marinho", segundo um comunicado do Centro de Coordenação de Agência Conjuntas (JACC, sigla em inglês) da Austrália, país que coordena a operação por sua proximidade com o local das buscas.
Esta zona está localizada ao longo do chamado "sétimo arco", uma curva que se estende diante do litoral ocidental da Austrália, onde os especialistas calculam que o avião que fazia o voo MH370 possa ter caído.
A princípio, as equipes de resgate achavam que a área de 600 quilômetros de comprimento e 90 de largura estava ao oeste de Perth, mas no mês passado novas análises determinaram duas áreas de prioridade situadas ao sul desse ponto.
O chefe do Escritório Australiano de Segurança no Transporte, Martin Dolan, assegurou hoje ao jornal "The West Australian" que a busca pelo MH370 está "encaminhada" e atribuiu as duas zonas de busca a distintas metodologias utilizadas para calcular a trajetória.
Dolan descartou que haja divergências entre os cinco equipes de investigadores, cujo consenso inicial foi baseado nos dados disponíveis, mas que com as novas informações "os resultados das distintas metodologias não coincidem exatamente".
Enquanto isso, especialistas da Organização para a Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade da Austrália (CSIRO) elaboram modelos para identificar em quais lugares poderiam aparecer destroços do avião que caiu no Índico.
Inicialmente foi apontado que os os destroços poderiam estar no litoral ocidental da ilha de Sumatra, no oeste da Indonésia, 123 dias depois do acidente, mas quase nove meses depois nada foi encontrado.
"Estamos trabalhando para ver se podemos atualizar o modelo para uma zona mais ampla onde tenha possibilidades dos destroços terem alcançado a margem", disse o coordenador da busca, Peter Foley.
O avião da Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março com 239 pessoas a bordo após mudar de rumo em uma "ação deliberada", segundo os especialistas, apenas 40 minutos após ter decolado de Kuala Lumpur com direção a Pequim.
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1. Mistérios do ar
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São Paulo - O caso do
voo desaparecido da Malaysia Airlines não é o primeiro do tipo na história. Conheça a seguir nove casos misteriosos de
aviões que desapareceram. Nas cinco primeiras histórias, nenhuma pista foi encontrada até os dias de hoje. Nas outras quatro, demoraram dias, meses ou até décadas para que algo fosse encontrado.
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2. 1. Amelia Earhart
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A piloto americana Amelia Earhart foi a primeira a fazer um voo solo pelo Oceano Atlântico. Sua história terminou de forma trágica em 1937, quando seu voo desapareceu no Oceano Pacífico. Ela e o copiloto nunca foram achados, assim como nenhum destroço. Ela foi declarada morta em 1939.
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3. 2. Voo 19
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Começava aqui a lenda do Triângulo das Bermudas. Em 5 de dezembro de 1945, cinco aviões da Marinha dos Estados Unidos saíram da Flórida para um voo de treinamento. Uma hora e meia depois, os pilotos começaram a relatar problemas de desorientação. Os cinco aviões sumiram e nunca mais foram achados. Para aumentar o mistério: o avião enviado logo em seguida para procurá-los também desapareceu.
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4. 3. Glenn Miller
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Em 1944, o músico de jazz americano Glenn Miller foi enviado até a França, para entreter as tropas americanas que lutavam na Segunda Guerra Mundial. Ele saiu de uma base miltiar britânica em Bedford e sobrevoava o Canal da Mancha quando o seu voo sumiu, em 15 de dezembro. Nenhum destroço foi encontrado até hoje.
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5. 4. Voo 739
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O avião militar americano voava em 1962 da ilha de Guam para as Filipinas com 90 pessoas a bordo. Ele nunca chegou ao destino. Mais de 1300 oficiais do exército americano se envolveram nas buscas, mas nenhum destroço foi encontrado. Na época, oficiais de um navio da Libéria alegaram ter visto um objeto em chamas no ar.
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6. 5. Voo 967 da Varig
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Em 1979, o voo 967 da Varig fazia um voo comercial de carga entre Tóquio e Rio de Janeiro. Na noite de 30 de janeiro, o avião sumiu dos radares no Oceano Pacífico. Nenhum destroço ou corpo foi encontrado. Seis pessoas estavam a bordo. Entre outros itens, avião levava 153 quadros do pintor Manabu Mabe, avaliados em 1,23 milhão de dólares.
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7. 6. Sumiço dos Andes
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Em agosto de 1947, um voo da Star Dust caiu nos Andes argentinos quando ia de Buenos Aires para Santiago. Nenhuma parte do avião ou corpo foi encontrado na época. Somente em 2000, com o degelo na região, alpinistas encontraram os primeiros destroços.
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8. 7. Voo 447
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Em 2009, um voo da Air France entre Rio de Janeiro e Paris caiu no Oceano Atlântico, matando as 228 pessoas a bordo. Contudo, demorou cinco dias para que destroços fossem achados e mais três anos para que as causas do acidente fossem entendidas. A maioria dos corpos foi retirada do mar, mas 74 corpos foram encontrados e não puderam ser resgatados do fundo do mar.
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9. 8. Voo da Força Aérea uruguaia
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Em 1972, um avião da Força Aérea Uruguaia, que ia até Santiago, caiu no meio dos Andes. O voo 571 caiu com 45 passageiros. Metade sobreviveu na queda, mas muitos morreram por causa da fome e do frio. Somente 72 dias depois, o avião e os sobreviventes foram encontrados pelas equipes de busca. Só restavam 16 pessoas, que admitiram que recorreram ao canibalismo - comeram os corpos dos companheiros mortos - para sobreviver. A história foi para o cinema em 1993, com o filme "Alive".
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10. 9. Sumiço do B-24
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O bombardeiro americano Lady Be Good desapareceu em abril de 1943, durante uma missão na Segunda Guerra Mundial. Ele deveria ter voltado para sua base militar na Líbia, mas nunca apareceu. Somente 15 anos depois os seus destroços foram encontrados no meio do deserto, no norte da África, por exploradores de petróleo. As bombas e as armas que ele carregava continuavam funcionando. O avião caiu com sobreviventes, mas eles morreram de sede e calor no deserto.
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11. Agora conheça as 10 maiores tragédias do ar
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11/11 (AFP)