7 países com mais mulheres no Congresso que o Brasil
E não são os países que você imagina: Afeganistão, Uganda e Arábia Saudita fazem parte da lista. É, não estamos nada bem.
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2015 às 19h17.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h28.
São Paulo - Um ranking da União Interparlamentar classificou os países de acordo com o número de cadeiras que as mulheres ocupam no Congresso Nacional. Essa representatividade feminina é necessária para assegurar que os direitos das mulheres sejam tratados com a devida importância, o que não tem acontecido no Brasil . Já era de se esperar que, na lista, o nosso país não ficasse em uma posição muito boa - ficou em 118º, com apenas 9,9% de mulheres na Câmara dos Deputados. Mas o mais surpreendente foram os países que ficaram na frente: são lugares que tratam as mulheres de modo extremamente conservador e cruel. Se ficamos atrás deles, a situação por aqui deve estar bem pior do que o imaginado. Confira os países a seguir.
O país africano ainda é muito atrasado no quesito direitos das mulheres: elas ainda são circuncidadas, e, na maioria das vezes, se casam com pretendentes escolhidos pelos pais. Mesmo com uma legislação tão medieval, o país fica na frente do Brasil: as mulheres representam 38,8% na Câmara dos Deputados.
Lá, 48% das mulheres já sofreram algum tipo de violência por parte do parceiro. Em 2013, foi proposto que as minissaias fossem banidas, e mais da metade da população feminina acredita que é justificável que elas apanhem do marido. A realidade é triste, mas a república africana fica na frente do Brasil no ranking, com 35% de mulheres no Congresso.
Em 2011, o país foi considerado o mais perigoso do mundo para as mulheres. No começo do ano, uma professora foi jogada de uma ponte e queimada depois de, supostamente, rasgar páginas do Alcorão, o livro sagrado do islamismo. Ainda assim, 27,7% dos representantes do Congresso são mulheres - imagina se esse número fosse menor.
É só lembrar da história de Malala Yousufzai para saber que o país não é um bom exemplo de igualdade de gêneros. A menina lutou contra o Talibã para garantir o seu direito de ir à escola, e levou três tiros por isso. A representação feminina no Congresso é de aproximadamente 20%.
São tantas coisas que mulheres não podem fazer no país que é quase impossível listar todas. Entre as mais absurdas estão: elas têm um tempo limitado para interagir com homens que não sejam da família, não podem experimentar roupas em lojas e nem andar sozinhas. E sim, lá também têm mais vagas no Congresso do que no Brasil: 19,9%, precisamente.
Ainda está em vigor no país uma lei que só foi abolida no Brasil em 2002. Ela diz que um estuprador pode se livrar da pena se se casar com a vítima. Em 2012, uma menina de 16 anos, Amina Filali, foi obrigada a se casar com o seu agressor e acabou cometendo suicídio. Dentro do Congresso, as mulheres representam 17,7%.
Sim, no país mais fechado do mundo as mulheres estão mais presentes no Congresso do que no Brasil. É difícil acreditar que, um lugar que considera mulheres um sinal de má sorte e que não interfere em casos de violência doméstica, tenha 16,3% de representatividade no governo - o que ainda é bem pouco, mas mais do que o Brasil.
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