Eventos esportivos chamam a atenção das grandes companhias porque mexem com a emoção e podem ser explorados por meio da hospitalidade (Divulgação/Vipcomm)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 15h20.
São Paulo - Eventos esportivos despertam cada vez mais o interesse de marcas globais em busca de exposição. De acordo com o alemão Bernd Proske, um dos fundadores da Proske Sports, 90% dos gastos com publicidade e patrocínios em 2010 foram vinculados a eventos esportivos e envolveram questões como hospitalidade, logística, merchandising, mídias sociais, relações públicas e comunidade em geral.
Dados da IFM Sports Marketing Events apresentados pelo especialista durante palestra em São Paulo, promovida pelo Instituto Alatur e o Comitê de Viagens e Mobilidade Corporativa da Amcham, revelam que o setor movimentou US$ 50 bilhões em 2011 frente a US$ 25 bilhões em 2002.
“As empresas possuem objetivos que integram relacionamento, gestão da marca, demonstração de produtos e comercial. A expectativa das companhias é dobrar ou triplicar o investimento feito, acumulando receita, visibilidade e market share”, diz.
Proske explica que eventos esportivos chamam a atenção das grandes companhias porque mexem com a emoção e podem ser explorados por meio da hospitalidade. Estandes, restaurantes, eventos para clientes e tudo que está ligado ao patrocínio é capaz de tornar a ação ainda mais efetiva.
“Os países estão mudando suas políticas, ambiente e melhorando hospitalidade por conta desses eventos. Na Fórmula 1, por exemplo, temos os novos Grandes Prêmios da Índia e Singapura. No ano passado, tivemos a Copa do Mundo na África do Sul. Acredito que os gastos com patrocínio com o evento no Brasil, em 2014, será superior à última edição, mas não é possível saber quanto”.
Copa do Mundo no Brasil
“2014 no Brasil será incrível!”. Com 38 anos de experiência no setor de eventos, a afirmação de Bernd Proske reflete o desejo de todos os envolvidos neste mega evento. Mesmo com 40% das vendas em hospitalidade fechadas para a Copa do Mundo, o executivo destaca que o País ainda precisa se preparar nas questões hoteleiras e qualificação profissional.
“O Governo não é o único responsável por treinamento e qualificação em todos os níveis. A iniciativa privada também deve participar. É preciso começar já, porque não é da noite para o dia que se faz”, avalia Proske.
Para Ricardo Ferreira, presidente do Comitê de Viagens e Mobilidade Corporativa da Amcham, a qualificação/experiência que o Brasil ganhar com a Copa do Mundo e Olimpíadas será refletida no mercado de marketing esportivo e não se limitará a esses eventos. “O crescimento do setor é constante e envolve também campeonatos de vela, windsurf, entre outros”.
O encontro, realizado na última semana, foi o último da programação anual do Comitê, que reuniu cerca de 700 pessoas durante o ano.