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Para reduzir sua "pegada plástica", Coca-Cola dá desconto e até casa

Atenta ao impacto do lixo plástico, gigante de bebidas incentiva uso de embalagens retornáveis, que são 30% mas baratas e duram em média 12 trocas

Novos tempos: imagem da campanha "Viva mais retornável", da Coca-Cola. (Coca-Cola Company/Divulgação)

Vanessa Barbosa

Publicado em 25 de maio de 2019 às 08h01.

Última atualização em 25 de maio de 2019 às 08h01.

São Paulo - Em março deste ano, a Coca-Cola revelou, pela primeira vez, a quantidade de plástico que utiliza na produção de suas embalagens: 3 milhões de toneladas do material por ano, o que equivale a cerca de 200 mil garrafas por minuto. O dado consta em relatório que a gigante do setor de bebidas compartilhou com a Fundação Ellen MacArthur, entidade que capitaneia projetos de economia circular em todo o mundo.

A investida por mais transparência representa um grande passo para a empresa reduzir sua "pegada plástica" e atingir a meta global anunciada no ano passado de coletar e reciclar o equivalente a 100% das embalagens que coloca no mercado até 2030. Parte da estratégia para chegar lá passa pelo estímulo ao uso de garrafas retornáveis - e não, não se trata apenas das de vidro, mas das embalagens de plástico também.

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Atualmente, 20% das embalagens de plástico que a empresa coloca no mercado brasileiro podem ser retornadas aos pontos de venda para serem reutilizadas no processo de envazamento dos refrigerantes da marca. Foi preciso adaptar parte da linha de produção paralimpar os vasilhames, aplicar e retirar rótulos de papel, a cada nova ciclo das garrafas. Cada embalagem retornável de plástico pode ser reutilizada até 12 vezes (a de vidro chega a 25 vezes).

Para aumentar as taxas de reutilização, a Coca-Cola está investindo na ampliação dessas linhas, equipamentos de fábrica e compra de embalagens. No Brasil, a empresa vai chegar ao fim de cinco anos (2016-2020) com investimento de R$ 1,6 bilhão para garantir os objetivos de suas políticas de embalagens.

Garrafas retornáveis de Coca-Cola: tampinha amarela e rótulo com sinalização. (Coca-Cola Brasil/Divulgação)

"Em cinco anos desde o lançamento do projeto, as embalagens retornáveis saltarem de 5% para 20%. Até 2020, a meta é chegar a 30%", diz ao site EXAME Andrea Mota, diretora de sustentabilidade da Coca-Cola Brasil. Segundo Andrea, devido ao apelo econômico da garrafa retornável—que custa 30% menos que as PETs tradicionais das marcas da empresa—"ela acabou ficando restrita à periferia".

"Mas ao longo do tempo, com a crescente conscientização ambiental, notamos que essa embalagem ganhou outro apelo, e começou a ser percebida pelo consumidor como uma embalagem mais amiga do meio ambiente, e não apenas pelo diferencial econômico", conta a diretora da Coca-Cola.

O momento é ideal para a empresa aumentar a participação do consumidor. Pensando nisso, a Coca-Cola lançou a campanha "Viva mais retornável", que estreou no dia 20 com um filme em TV aberta criado pelaGrey Worldwide e adaptado para o Brasil pela agência David, que assina a campanha por aqui. O vídeo já obteve mais de 2 milhões de visualizações no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=BtDoL2kxWak

Para engajar ainda mais os consumidores, a empresa vai premiarquem optar pela garrafa retornável.Para participar,basta comprar um dos produtos participantes, fazer cadastro no site retornaveis.coca-cola.com.br, registrar o código que está impresso dentro da tampa e concorrer.

Serão 10 casas (um sorteio por semana) e milhares de prêmios instantâneos em produtosCoca-Cola.Para a promoção, válida até 20/07,serão disponibilizadas aproximadamente 300 milhões de embalagens retornáveis.

As ativações nos canais digitais, coordenadas pela agência Brunez (que também concebeu a promoção) trazem conteúdos para esclarecer dúvidas sobre o processo de fabricação e o ciclo das garrafas. Hoje, a empresa tem 510 mil pontos de venda com retornáveis em todo o país.

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