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No Brasil, Subway é mais frequentado que Burger King

Pesquisa "Fast-Food no Brasil" revela os hábitos de consumo dos clientes das redes, preferências e pontos que incomodam o consumidor

A pesquisa mostra que 28% dos brasileiros fazem refeições em restaurantes fast-food mais de uma vez por semana (Xando Pereira/Veja)

A pesquisa mostra que 28% dos brasileiros fazem refeições em restaurantes fast-food mais de uma vez por semana (Xando Pereira/Veja)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 17h07.

São Paulo - Para saber a opinião do brasileiro contemporâneo sobre as redes de fast-food, a Shopper Experience conduziu um estudo no âmbito nacional com 5.815 pessoas, com idades entre 18 anos e 55 anos.

A pesquisa inédita "Fast-Food no Brasil" revela os hábitos de consumo dos clientes das redes, preferências e pontos que incomodam o consumidor.

Ao indicar a rede de fast-food “mais frequentada”, 44% apontam o McDonald´s; seguido por Subway (17%); Burger King (8%); Habib´s (7%); Spoleto (5%); Giraffas e Bob`s (4% cada); China in Box (3%); Vivenda do Camarão e Pizza Hut, com 2% cada. Sobre o tempo de espera, 48% dos entrevistados afirmam que aguardam até cinco minutos; 32% de 6 minutos a 10 minutos; e para 9%, o atendimento é imediato.

A pesquisa mostra que 28% dos brasileiros fazem refeições em restaurantes fast-food mais de uma vez por semana; 27% uma vez por semana; 20% uma vez a cada quinzena; 13% uma vez ao mês; 10% menos de uma vez por mês; e 2% nunca consomem alimentos em redes fast-food.

Ao questionar quais são os três fatores mais importantes para a escolha de um fast-food, a pesquisa aponta que 56% dos consumidores contumazes creditam como fator mais importante para a escolha o sabor da comida; e 27% consideram mais importante a higiene do local.

Na hora de escolher o restaurante fast-food, o fator preço pesa pouco: apenas 3% dos entrevistados consideraram esse quesito importante. Fila, visual da loja e apresentação dos funcionários também não pesam muito: apenas 1% dos entrevistados considerou cada um desses tópicos importante no momento da escolha, segundo a pesquisa.

À pergunta Por que você prefere comer em um fast-food a comer em um restaurante tradicional?, 74% afirmaram que a razão está na conveniência, rapidez e agilidade na refeição.

Já 9% responderam que optam pelo fast-food porque “permitem-se comer alimentos menos saudáveis”. “Embora o senso comum atribua questões como preço e localização das lojas como determinantes para o consumo em restaurantes fast-food, esses fatores são apontados por apenas 5% dos entrevistados.

A pesquisa mostra que a preferência se tornou quase uma questão cultural, um hábito alimentar”, afirma Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience e coordenadora da pesquisa.

No tocante à localização, 70% preferem as lojas instaladas em shopping centers; 25%, as lojas de rua; 5%, os estabelecimentos situados em centros comerciais; e 1% em centros universitários e escolas. Os pedidos são geralmente feitos em praças de alimentação/lojas (85%); drive thru (9%); e delivery (6%).

Do que você mais gosta na rede de fast-food? De acordo com a coordenadora da pesquisa, 65% dos entrevistados responderam que o sabor é o fator determinante para o consumo; 12% frequentam pela variedade de pratos/sanduíches; e 10% pela rapidez.

Questões como apresentação do alimento, preço, higiene do local e atendimento têm, respectivamente, os índices de 4%, 4%, 4% e 1% dos entrevistados.

“É interessante ressaltar que ao questionar o que poderia ser melhorado nas redes de fast-food, 23% respondem que o preço. Ou seja, embora não seja determinante, os entrevistados acham que o custo da alimentação ainda é alto. Cerca de 16% se queixam da variedade de alimentos e 11% do tempo de espera nas filas”, detalha Stella.

Pagar mais para ter o melhor

Você estaria disposto a pagar mais para melhorar os aspectos que julga negativos nas redes de fast-food? A pesquisa mostra que 42% dos brasileiros entrevistados estariam dispostos a pagar mais contra 58% que não.

A porcentagem alta de consumidores dispostos a desembolsar mais dinheiro é, na opinião de Stella Kochen Susskind, um sinal claro do que denomina por “consumidor moderno”. “A pesquisa mostra que 31% dos entrevistados estariam dispostos a pagar 10% a mais para resolver questões como preço, variedade e atendimento; 9% pagariam de 10% a 20% a mais.

Embora tenhamos uma maioria de 58% que não desembolsaria nenhum centavo a mais, vemos que há uma tendência de querer ser parte da solução. Na prática, o consumidor quer manter uma relação de transparência; há muitos clientes dispostos a pagar mais para ter o melhor. Trata-se de uma nova lógica na relação de custo–benefício”, detalha a especialista.

Os consumidores de fast food no Brasil estão interessados em novidades no cardápio. A pesquisa aponta que 86% dos entrevistados gostariam que as redes incluíssem mais lançamentos no cardápio; apenas 14% não oferecem essa demanda.

Um outro aspecto que deve ser motivo de atenção por parte dos gestores é a falta de mesas. Entre os entrevistados, 86% responderam que já desistiram de consumir por não haver mesas disponíveis.

“Há uma clara tendência, mostrada por 45% dos entrevistados, de priorizar as lojas com mesas exclusivas. As ofertas adicionais de bebida, sobremesa, molho, café e combos – feitas ali no caixa –, mostram-se uma oportunidade lucrativa; 35% dos entrevistados quase sempre aceitam; 9% sempre aceitam; e 8% nunca aceitam. Há um percentual de 48% que raramente aceitam, ou seja, há espaço para aperfeiçoar os mecanismos de oferta”, afirma Stella.

A executiva acrescenta que a pesquisa aponta o caminho para estreitar o relacionamento com os clientes de fast-food: 60% aceitariam se o produto oferecido estivesse de acordo com as preferências e 37% se não aumentasse o valor da refeição.

“Em resumo, conhecer melhor o cliente e estabelecer uma nova relação de custo–benefício, seguindo a nova lógica do consumidor e priorizando o relacionamento”, afirma.

Pesquisa

Conduzida pela Shopper Experience, a pesquisa que detectou o perfil dos consumidores brasileiros de fast food contou com 5.815 entrevistados, sendo 71% de mulheres e 29% de homens, com idade entre 18 anos e 55 anos.

Na análise da faixa etária, o maior índice é de brasileiros com idade entre 25 anos e 29 anos (24%), seguido por entrevistados de 30 anos a 34 anos (23%). O menor índice de consumo de fast food está entre os maiores de 55 anos – apenas 5%, o correspondente a 292 pessoas.

Cerca de 67% dos entrevistados é do Sudeste; 13% do Sul; 12% do Nordeste; 6% do Centro-Oeste; e 1% do Norte. A maioria dos consumidores de fast food está em São Paulo: são 47% da base de entrevistados, somando 2.731 pessoas.

Ao contrário do que se imagina, os casados estão entre os maiores consumidores de fast food (50%) contra 41% de solteiros; e 9% de viúvos/separados.

Quanto ao grau de escolaridade, 43% dos entrevistados têm curso superior completo; 27% ensino médio/superior incompleto; 25% são pós-graduados; 5% têm mestrado/doutorado; e 1% ensino médio incompleto.

Entre os entrevistados, 62% não têm filhos contra 38% de pais – 28% têm filhos com idade entre 1 ano e cinco anos; 27% têm crianças com idade entre cinco e 10 anos; 24% têm filhos com idades entre 10 anos e 15 anos.

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