Exame Logo

Nike e Adidas travam batalha de publicidade para a Copa

Nike fechou contrato com seis dos dez mais famosos jogadores do mundo, frente a apenas três da Adidas e um da rival alemã menor Puma

Cristiano Ronaldo: benefícios da marca do jogador para a Nike são, no fim das contas, também divididos com a Adidas (Arnd Wiegmann/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 11h21.

Berlim - A companhia norte-americana de artigos esportivos Nike está apostando mais no patrocínio a ídolos do futebol do que a Adidas ADSGn.DE, em sua batalha para superar a concorrente alemã como a marca esportiva com maiores vendas durante a Copa do Mundo.

A Nike fechou contrato com seis dos dez mais famosos jogadores do mundo, frente a apenas três da Adidas e um da rival alemã menor Puma PUMG.DE, de acordo com um novo ranking do grupo de pesquisas de marketing esportivo Repucom, divulgado nesta quarta-feira.

O jogador português Cristiano Ronaldo, patrocinado pela Nike, lidera a lista da Repucom, com quase 84 por cento das pessoas no mundo afirmando reconhecer o atacante do Real Madrid, ajudando a marca a vender um milhão de camisetas com seu nome nas costas em 2013.

No segundo lugar está o argentino Lionel Messi, principal estrela da campanha da Adidas, que tem 76 por cento do reconhecimento global, segundo a Repucom.  O apelo do extrovertido Cristiano Ronaldo, que foi eleito o melhor jogador do mundo em janeiro, no lugar de Messi, tem o auxilio do seu uso da rede social Twitter, onde ele possui 26 milhões de seguidores, ante apenas dois milhões do argentino.

Cristiano Ronaldo provavelmente ajuda a vender mais camisetas mesmo quando ele não está usando uma - ele posou nu na mais recente capa da edição espanhola da revista Vogue, com a sua namorada, a modelo Irina Shayk -, mas os benefícios da marca do jogador para a Nike são, no fim das contas, também divididos com a Adidas, considerando que a empresa alemã é patrocinadora do Real Madrid.

“Embora o principal seja o desempenho no campo, o apelo de um jogador também passa por toda uma gama de variáveis”, disse o fundador da Repucom, Paul Smith. “Atletas como Cristiano Ronaldo têm algo único que, se você pudesse embalar e vender do jeito que está, você não precisaria fazer mais nada”.

A Nike tenta fazer exatamente isso em um chamativo anúncio com Cristiano Ronaldo e Shayk, o qual mostra como garotos jogando futebol em um campinho local terminam por participar de uma partida em um grande estádio contra seus heróis, incluindo outras estrelas do ranking da Repucom, como Neymar e o inglês Wayne Rooney.

A Adidas retaliou com um novo anúncio lançado domingo passado que mostra Messi sonhando com seus rivais, como o alemão Bastian Schweinsteiger, o uruguaio Luis Suárez e o brasileiro Daniel Alves, nenhum dos quais está no raking da Repucom.

O anúncio da Nike já atraiu 67 milhões de visualizações no YouTube desde que foi lançado no mês passado, ao passo que o da Adidas já foi visto por quase 30 milhões de pessoas em apenas três dias.

Enquanto isso a Puma, cujo único jogador na lista da Repucom é o ex-atacante francês Thierry Henry, está buscando uma nova estratégia de marketing para chamar a atenção: a empresa persuadiu jogadores como o italiano Mario Balotelli, o alemão Marco Reus e o espanhol Cesc Fábregas a vestir as chuteiras “Tricks” em duas cores, uma rosa e outra azul.

São Paulo – Daqui pouco menos de um mês, um dos eventos mais esperados do mundo irá começar: a Copa do Mundo no Brasil. Empreendedores e pequenos empresários podem aproveitar o período do evento para faturar mais. De acordo com o Sebrae, as micro e pequenas empresas devem faturar 500 milhões de reais com a Copa. Para Mark Paladino, sócio do Instituto Aquila, consultoria em gestão avançada, é um pouco tarde, mas ainda dá tempo de planejar uma ação para o evento. “As empresas podem direcionar sua estratégia para absorver os turistas que estarão na cidade. Criar alguns eventos festivos de celebração, antes ou durante dos jogos”, explica. A recomendação para quem já se preparou e tem muita expectativa para faturar durante o próximo mês é clara: não deixe de monitorar. “Tem que ter uma gestão eficiente, acompanhar os resultados e observar a performance diariamente”, ensina Paladino. Veja seis exemplos de empresas de setores diversos que estão prontas para a Copa do Mundo no Brasil.
  • 2. Terraço Itália

    2 /8(Divulgação/Terraço Itália)

  • Veja também

    Um dos principais pontos turísticos do centro de São Paulo, o Terraço Itália atrai pela sua história e pela possibilidade de ver a capital do alto. André Marques, gerente geral do Terraço Itália, conta que o espaço recebe muitos eventos corporativos e que algumas empresas vão aproveitar a Copa para relacionar-se com seus clientes. Assim surgiu a ideia de um camarote para assistir aos jogos da Copa do Mundo no Bar do Terraço Itália. Cada ingresso custa 151 reais e dá direito a alguns petiscos. O local preparou ainda coquetéis inspirados em países do mundial. De acordo com Marques, a preparação para o evento inclui um reforço da equipe nos horários dos jogos e a instalação de telões e uma sonorização adequada. Até agora, o jogo que tem mais reservas é o do dia 23 de junho, entre Holanda e Chile. A expectativa é faturar 25% mais.
  • 3. Pub Crawl São Paulo

    3 /8(Divulgação/Pub Crawl São Paulo)

  • Os horários em que serão transmitidos os jogos da Copa do Mundo não serão o foco da estratégia do Pub Crawl São Paulo, que oferece tours gastronômicos e em baladas pela cidade. “Vamos focar na torcida”, resume Kyu Bill, um dos cinco sócios da empresa. “A cidade é a principal porta de entrada de turistas e é uma cidade sede. Vai ter um clima festivo, movimentação, e esse clima vai se estender fora dos jogos”, conta. A equipe dobrou, passando a 40 pessoas e, desde ano passado, a marca tem diversificado seus produtos. Os tours variam de 20 a 95 reais por pessoa. O faturamento esperado até o final do ano é de 1 milhão de reais, o dobro do ano passado. Hoje, a empresa trabalha com até sete eventos semanais. Bill explica que a alta temporada da empresa coincide com os meses do mundial. O Pub Crawl São Paulo espera atender, em média, cinco mil pessoas nesse período.
  • 4. Vuvuzela do Brasil

    4 /8(Divulgação/Vuvuzela do Brasil)

    O e-commerce Vuvuzla do Brasil começou suas operações no ano passado e a ideia de criar o negócio surgiu quando Eduardo Sani, consultor de marketing digital, estava preparando uma apresentação. “Ninguém vendia vuvuzela ainda no mercado e vi que o volume de pesquisas ainda era alto. Pesquisei e vi que não tinha nenhum site do tipo”, resume. Ele se uniu ao empreendedor Vinícius Prado Ramos e investiu 20 mil reais. A Copa das Confederações foi o teste da empresa e eles venderam 1,4 mil vuvuzelas. A estratégia da dupla é de investir em mídia online e anúncios no Google e Facebook. Além disso, a marca fez uma parceria com lojas físicas em São Paulo para vender produtos por consignação. No site é possível comprar não só vuvuzelas, mas também camisetas, perucas e cornetas. A maior demanda vem de empresas que estão comprando os produtos para ações de marketing. Nos próximos três meses, a expectativa é de faturar 180 mil reais. Mesmo após a Copa, o site estará no ar, pois os empreendedores querem aproveitar as Olimpíadas de 2016.
  • 5. Lush Motel

    5 /8(Divulgação/Lush Motel)

    Com a possível falta de hospedagem, o Lush Motel criou um formato especial para turistas, com cobrança por diária. Felipe Martinez, diretor de marketing da empresa, explica que o objetivo não é disputar com os hotéis, pois algumas regras do motel serão mantidas, como a proibição do acesso a menores de idade. “É voltado casais que buscam hospedagem, mas com um pouco de privacidade”, explica. O valor de uma diária varia de 360 reais a 1,5 mil reais, com café da manhã incluso. Até agora, foram confirmadas 37 reservas de estrangeiros. Durante a Copa, a fachada do motel será iluminada nas cores verde e amarelo e os chinelos também terão com o tema do evento. Além disso, a marca investiu em uma versão do site em inglês e contratou um professor de inglês para treinar a equipe. O investimento foi de 50 mil reais e a expectativa da empresa é que o faturamento cresça 10% em junho.
  • 6. Amazonas Brands

    6 /8(Divulgação/Amazonas Brands)

    A Amazonas Brands faz parte do Grupo Amazonas e firmou a parceria com a FIFA para desenvolver as sandálias oficiais da Copa do Mundo. A marca tem um mix de 39 chinelos especiais para o evento. Os modelos são inspirados no mascote oficial, o Fuleco, nas bandeiras de algumas seleções que participarão do mundial, na taça e nas cidades sedes como o Rio. A expectativa de vendas é de 1 milhão de pares e o aumento de produção foi de 28%. Os chinelos podem ser encontrados nas lojas oficiais da FIFA e os preços partem de 29,90 reais.
  • 7. Seven Idiomas

    7 /8(Divulgação/Seven Idiomas)

    Fundada em 1987, a Seven Idiomas é especializada no ensino do inglês e espanhol. Em 2012, a marca desenvolveu um curso pensando nos eventos como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olímpiadas. De acordo com o CEO da empresa, Steven Beggs, as aulas foram pensadas para que os alunos aprendessem estruturas essenciais para se comunicar com turistas e situações que cada tipo de profissional terá que vivenciar. A empresa treinou cerca de 500 pessoas, como os funcionários do Airport Bus Service. A carga horária do treinamento é de 100 horas e o curso custa, em média, 2 mil reais por aluno. A abordagem das aulas depende das necessidades da empresa contratante.
  • 8. Agora, veja mais sobre empreendedorismo

    8 /8(Buda Mendes/Getty Images)

  • Acompanhe tudo sobre:AdidasCopa do MundoEmpresasEmpresas alemãsEmpresas americanasEsportesFutebolMarcasNike

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Marketing

    Mais na Exame