Google apresenta pesquisa sobre o Black Friday no Brasil
Os números indicam que, mesmo com a queda geral no consumo, as vendas continuam crescendo nas datas especiais
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2016 às 15h22.
Com faturamento de R$ 1,6 bilhão em 2015, o curto período da Black Friday foi mais poderoso para alavancar as vendas do que as duas semanas que antecederam o Dia das Mães, tradicionalmente a segunda melhor data do varejo brasileiro.
O que esperar da Black Friday em 2016
Este ano, mesmo com a crise e até por causa dela, o mercado está otimista com a Black Friday. Os números indicam que, mesmo com a queda geral no consumo, as vendas continuam crescendo nas datas especiais: aumentaram 8% no Dia das Mães deste ano, 12% no Dia dos Pais e 16% no Dia dos Namorados com a Black Friday não será diferente.
Além disso, as buscas no Google indicam que o consumidor está se planejando cada vez mais para as compras, com uma crescente preocupação com preço: as buscas por este critério aumentam cerca de 60% ano a ano.
Pesquisa exclusiva - O comportamento do consumidor online na Black Friday
O Google divulga pesquisa inédita sobre o comportamento do consumidor brasileiro na Black Friday, encomendada pela empresa e realizada pela Provokers, que ouviu quase 800 brasileiros, de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, nas cinco regiões do país, durante o mês de agosto.
Aqui destacamos algumas das principais conclusões da pesquisa:
No Brasil, os consumidores online já somam quase 40 milhões , três quartos dos quais já participaram de alguma edição da Black Friday. A adesão é crescente.
Em 2012, o percentual de consumidores online que comprou na Black Friday foi de 22%, enquanto em 2015, foi de 64%. Em termos de buscas, três em cada quatro consumidores online fizeram pesquisas na Black Friday de 2015.
A expectativa com relação à próxima Black Friday 2016 é grande: três em cada quatro consumidores online se dizem engajados ou animados com a edição deste ano.
O gasto médio do consumidor em 2015 foi de R$ 1.098, o dobro das outras datas sazonais. Quase um quarto dos compradores (23%) teve um gasto médio de R$ 3.041; a maioria (54%) gastou R$ 688,70; e 23% gastou menos de R$ 117,70.
Os fatores mais considerados na hora da decisão da compra são: preço (42%), possibilidades de parcelamento (21%) e custo do frete (17%).
Quando esses três são similares, 63% dos consumidores optam pelo site mais confiável para colocar seus dados pessoais, o que pode ser explicado pelo gasto médio alto.
A forma de pagamento mais usada é, de longe, o cartão de crédito: 61% opta por pagar com ele parcelado e 33% a vista. A seguir vem o pagamento em dinheiro (32%), boleto bancário (26%), cartão de débito (18%), PayPal e similares (16%) e débito (12%).
Com o consumidor se planejando mais para comprar, a Black Friday deste ano deve crescer ainda mais nos itens de alto gasto médio. Os consumidores que pretendem comprar eletroeletrônicos e eletrodomésticos foram os que mais disseram que pretendem esperar a Black Friday: smartphone (57% pretendem aguardar), informática (58%), TV (55%), Áudio/Vídeo (66%), eletrodomésticos (54%) e eletroportáteis (51%).
A Black Friday, ao invés do Natal, é uma compra pessoal: mais da metade (53%) compra apenas para si mesmo . Os demais, 19% compra para presentear e 27% para ambos, antecipando parte das compras de natal.
Insights Google - A intenção de compra na Black Friday
Além desses dados, o Google também divulgou uma pesquisa interna com as buscas de itens e marcas na data. Esses dados refletem o comportamento do consumidor online e offline, além do maior planejamento e preocupação pelo preço.
O tamanho e a importância da Black Friday, aparece no volume das buscas do Google: novembro é o responsável pela maior concentração de várias categorias no ano.
Em 2015, o destaque foi: Moda (12% a 15% das buscas do ano na categoria), Informática (12%), TV (13%) e Eletrodomésticos (13%). As buscas se concentram ainda mais na semana da promoção: TV (41% das buscas de novembro), Eletrodoméstico (35% a 40%), Informática (35%), Moda (30% a 35%), Smartphones (36%).
O segmento de smartphone , que foi responsável por R$ 360 milhões em vendas apenas na sexta-feira da última edição da Black Friday, registrou seu maior número de buscas no mês da promoção, com 11%.
A Black Friday é o dia do ano com mais buscas por passagens aéreas e pelos programas de pontos como smiles, multiplus, etc. Só em 2015, mais de 50 empresas de turismo aderiram à data.
A compra de pneus é cada vez mais influenciada pelo digital: 91% dos consumidores pesquisam online antes de comprar e novembro é o mês de mais buscas nessa categoria (10% do ano).
Dois terços deles, porém, não sabe que marca comprar. As marcas mais buscadas na Black Friday de 2015 foram: Pirelli, Michelin, Goodyear, Firestone, Continental.
O mercado de Beleza , que tradicionalmente é forte no offline, ganhou força nas vendas online: um incremento de 165% entre 2010 e 2015. As buscas por esses itens na semana da Black Friday representaram 28% do total do mês, com destaque nas buscas para as Aussie, Boticário, MAC, Maybelline e Quem Disse, Berenice?.
As operadoras também tiveram seu maior pico de buscas (tanto por lojas físicas como onlines) na Black Friday, superando em 37% o segundo maior pico de buscas do ano (Cyber Monday).
As buscas também mostram que o interesse do consumidor aparece tanto nos dias que antecedem quanto dias após a sextafeira da Black Friday. A data abre a temporada de intenção de compra, que se mantém até o natal.