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E-commerce seguirá forte após reabertura do comércio, revela estudo

Pesquisa da Wunderman Thompson em parceria com a Enext mostra também hábitos de consumo dos brasileiros

72% dos consumidores pretendem continuar comprando no e-commerce, aponta pesquisa (cyano66/Thinkstock)

Marina Filippe

Publicado em 24 de julho de 2021 às 09h00.

O varejo online não perde força com a flexibilização do distanciamento social, como mostra o estudo Future Shopper Report 2021, produzido pela Wunderman Thompson em parceria com a Enext. Mesmo com a reabertura das lojas físicas, 72% dos consumidores pretendem continuar comprando online. Além disso, 73% dos consumidores relataram que o comércio eletrônico será mais importante para eles em 2021.

No Brasil, a intenção de compra no e-commerce registra uma alta histórica. “Mesmo com o mercado físico varejista aquecendo novamente, esses números continuam bastante sólidos. Antes da pandemia, o percentual estava na casa de 42% das intenções de compras no mercado online. No pico da crise sanitária esse número chegou a 64% e hoje o índice é de 55%. Ou seja, são 13 pontos percentuais de aumento na intenção de compra online em comparação ao momento pré-pandêmico. É uma elevação muito maior do que a média encontrada na América Latina, bem como na Europa e até na própria Ásia, onde o mercado atualmente é bem mais maduro”, afirma Gabriel Lima, presidente da Enext.

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Segundo a pesquisa, o impacto do comércio eletrônico por aqui é muito maior se for comparado, por exemplo, com países como Argentina, México e Colômbia. “Isso evidencia o Brasil como um mercado mais maduro após a pandemia. Assim, podemos crer que as estratégias brasileiras estão começando a ficar mais alinhadas com nações que já possuem o comércio eletrônico como um canal consolidado como Reino Unido, Estados Unidos e China”, explica Lima.

Outro ponto é a mudança de hábito dos consumidores mais conservadores. Dados da pesquisa mostram que 54% dos compradores acima de 55 anos enxergaram o e-commerce como uma solução durante a pandemia, tendo em vista que uma proporção maior de pessoas tiveram que se isolar e se proteger do vírus, enquanto 26% apontaram neutralidade. Da mesma forma, 51% das pessoas neste mesmo grupo vão continuar fazendo compras online em 2021, mesmo com a retomada total da economia no mundo.

O relatório mediu também o canal mais buscado pelas pessoas quando desejam comprar um determinado produto. Os brasileiros muitas vezes utilizam os tradicionais sites de buscas, como Google, mas já é possível perceber que também usam diretamente o Mercado Livre, seguido por outros marketplaces.

“As pessoas começam a buscar diretamente os produtos que querem comprar e usam o canal mais relevante que a direciona para compra. Esse hábito também está muito mais próximo de mercados mais maduros, em que os principais mecanismos de pesquisas acabam sendo os próprios marketplaces”, diz Lima.

Segundo o executivo, isto norteia os profissionais que trabalham com marketing digital e comércio eletrônico, uma vez que possibilitam a definição de novas estratégias de ativação e aquisição. “É possível ter uma comparação do que está ocorrendo no exterior e trabalhar eventuais lacunas existentes em canais digitais no Brasil”.

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