Marketing

Como construir uma marca pessoal nas redes sociais

O personal branding, construído em platafomas como Instagram e LinkedIn, tornou-se um valioso ativo para alavancar a carreira e os negócios

Um potencial de visibilidade extraordinário: mais de 5 bilhões de pessoas são usuários ativos das redes sociais, o que representa 62,3% da população mundial (Mauricio Santana/Getty Images)

Um potencial de visibilidade extraordinário: mais de 5 bilhões de pessoas são usuários ativos das redes sociais, o que representa 62,3% da população mundial (Mauricio Santana/Getty Images)

Publicado em 14 de dezembro de 2024 às 06h00.

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Não é novidade que a diferença entre um profissional competente e outro tão qualificado quanto, mas que ocupa cargos melhores, muitas vezes passa pela marca pessoal construída por cada um. Sempre foi assim: aquele que tem uma figura notável, dialoga com diferentes públicos e cria conexões mais fortes com as pessoas é o primeiro a ser lembrado quando surge uma oportunidade.

“Todos nós já somos marca, mesmo inconscientemente. Somos uma combinação dos nossos talentos, habilidades técnicas, experiências, histórias. Esses elementos, juntos, é como nos apresentamos para o mundo, é a nossa marca pessoal”, define Karen Fuoco, mentora de gestão de marca pessoal e posicionamento estratégico para executivos e empresários e professora da ESPM.

Se desde que o mundo é mundo o personal branding pode impulsionar carreiras (ou negócios, para quem é empreendedor), na era das redes sociais a estratégia foi elevada a um nível infinitamente maior e é hoje um poderoso instrumento para quem mira ir mais longe.

“As redes sociais simplesmente tiraram o que havia entre você e o público: o intermediário”, resume Ricardo Dalbosco, especialista em construção e fortalecimento de marca pessoal, palestrante sobre o tema e autor do livro Do Invisível ao Inesquecível. Para ele, com essas plataformas, não há mais motivo para ser um profissional sem visibilidade e expressão. “Agora, a pessoa pode impactar de forma direta o seu público-alvo. As redes sociais servem de pontes que conectam e aproximam o profissional do seu objetivo, sendo fundamental para quem quer ampliar as oportunidades, os convites e os negócios”, avalia.

Ricardo Dalbosco, especialista em fortalecimento de branding pessoal: “As redes sociais servem de pontes que conectam e aproximam o profissional ao seu objetivo” (Fernando Dias/Divulgação)

Conexões que valem ouro

Foi assim com Guta Tolmasquim, CEO da Purple Metrics, startup paulistana de mensuração em marketing. Sucesso no TikTok, com mais de 84.500 seguidores — além de 60.000 no LinkedIn, onde é Top Voice (selo dado aos perfis mais influentes) —, ela, que é expert exatamente em branding, se surpreendeu com quanto a evidência nas mídias sociais mudou a sua trajetória e a da empresa que fundou. “O ganho mais tangível é o alcance de pessoas, mas acho que o maior ganho é intangível. A sensação que tenho é de alavancagem, como se tanto eu quanto a empresa estivéssemos ganhando o capital social mais cedo, desde o estágio inicial do negócio”, diz.

Na Purple, esse avanço vem se traduzindo de muitas formas: candidatos para vagas, lista de espera para usar o soft­ware da empresa, convites para eventos, acesso a mentorias e atenção de fornecedores. E, pessoalmente, o principal resultado, segundo a empreendedora, é poder passar o dia falando com profissionais de marketing. “Assim os conheço bem e, com isso, consigo construir um produto melhor para o mercado”, conta. Uma amostra disso é o aporte de 1,2 milhão de dólares que a startup de Guta recebeu no ano passado.

Além do conteúdo de qualidade, um dos maiores acertos da empresária no TikTok, em especial, uma rede bem mais jovem e menos aproveitada profissionalmente que outras consagradas, foi o timing — ela entrou na plataforma quando não existia conteúdo sobre marketing em português. O segundo ponto a favor foi a autenticidade. “Por ser uma rede muito experimental e que eu não usava antes, me permiti ser eu mesma. Não fiquei pensando no que os outros pensariam, porque achava que não havia ‘outros’ ali”, lembra.

Karen Fuoco, mentora de gestão de marca pessoal: “Vamos precisar explorar, de uma forma muito específica, clara e consistente, quem somos e quais fatores nos diferenciam” (Arquivo Pessoal/Divulgação)

Autenticidade vem primeiro

Essa verdade, aliás, é o fator número 1 para que o branding pessoal seja efetivamente um impulsionador da carreira, dizem os especialistas. Por isso, o autoconhecimento é prioridade. “Não existem marcas pessoais fortes que durem com o tempo se não forem pessoas que realmente se conheçam”, afirma Dalbosco. “Quando temos clareza sobre quem somos e aonde queremos chegar, nossas escolhas são mais conscientes e assertivas, dentro e fora das plataformas digitais”, completa Karen Fuoco.

A influenciadora e empresária do ramo da beleza Mari Saad sempre primou por essa veracidade na construção da sólida marca pessoal que tem hoje nas redes sociais. Seguida por mais de 4 milhões de pessoas no Instagram, a paulista atribui grande parte da sua evolução profissional à legitimidade. “Quando se cria em cima da sua verdade, do que você acredita, do seu feeling — e isso não é papo clichê, é honesto —, as pessoas conseguem sentir você”, comenta.

Mesmo contando com um time comercial para apoiá-la, todas as parcerias passam pelo olhar dela, para que sigam condizentes com a autoridade que conquistou, degrau a degrau, na internet ao longo de 13 anos. “Não fui a menina que explodiu do dia para a noite, que fez um vídeo que viralizou. Sempre cresci em cima de trabalho duro, constante e frequente, e acho que isso tem muito seu valor”, frisa.

A combinação de qualificação (além de expert em beleza, é formada em rádio e TV e em mídias sociais) e um sólido branding pessoal foi o que permitiu que Mari agora desse um passo importante na carreira: depois de assinar uma linha de produtos com uma marca de maquiagem, que foi sucesso de vendas e a apresentou ao varejo, ela é a head da sua própria marca, que será lançada neste semestre. “As pessoas que consumiam antes só conteúdo hoje consomem os meus produtos. Se tem o meu selo, tem o selo de qualidade para elas. Isso não tem preço.”

Na contramão: do corporativo para o pessoal

Referência também no Instagram, ­Louise Barsi, sócia-fundadora do AGF, fintech paulistana de investimentos e educação financeira, fez o trajeto oposto: estava abrindo a empresa quando começou a postar, despretensiosamente, conteúdo sobre ações na bolsa e, como consequência, acabou moldando sua marca pessoal. Hoje, cinco anos depois, a empreendedora tem 924.000 seguidores e tornou-se um ícone em sua área de atuação, desmistificando o mercado acionário e democratizando a estratégia previdenciária com dividendos.

Para chegar até aí, seu mantra sempre foi ser genuína. Além de reconhecida especialista em mercado de capitais, Barsi é filha de Luiz Barsi, considerado o maior investidor individual da Bolsa de Valores no Brasil, conhecido como “rei dos dividendos”, e cresceu absorvendo os ensinamentos do pai. Ou seja, know how sobre o tema que fundamenta o seu branding pessoal definitivamente não lhe falta. “Não me considero uma influencer de finanças, mas uma investidora que influencia. No nosso mercado, a ordem dos fatores altera, e muito, o produto. São poucos os criadores de conteúdo que ­falam de investimentos e, de fato, vivem de investimentos ou têm contato próximo com as empresas”, destaca.

Mari Saad, influenciadora expert em beleza: ela lançou a própria marca de maquiagem, a Mascavo (Mascavo/Divulgação)

Consistência para calibrar o tom

Consolidar uma marca pessoal nas redes a fim de alavancar a carreira surte efeito se for encarado assim, com profissionalismo. Nada tem a ver com autopromoção, e sim com gerar valor para então ser valorizado, de modo que expresse com coerência o profissional que está por trás das postagens. Pavimentar esse caminho inclui identificar suas principais potencialidades, que universo domina, de que modo se sente mais à vontade para falar, como o que tem para dizer pode ser relevante para as pessoas.

Isso é um processo que se dá passo a passo e só se descobre fazendo, na prática, o que está associado a outro fator imprescindível para o êxito do personal branding: a consistência. “É preciso entender que você não consegue impactar uma rede social se passar por ela, mas, sim, se ficar”, enfatiza Ricardo Dalbosco.

Também Top Voice no LinkedIn, Luiz Zaka, fundador da TechDrop, empresa catarinense focada em insights de tecnologia e negócios, é um exemplo disso. Desde que trocou o universo corporativo pelo empreendedorismo, há um ano, investir na sua marca pessoal no ­LinkedIn triplicou o resultado da sua empresa, feito que atribui principalmente à sua consistência de conteúdo. “Quanto mais você bate na tecla de suas crenças e opiniões, mais o seu branding pessoal se fortalece. E o crescimento é como se fossem juros compostos: exponencial ao longo do tempo”, observa.

Foi a produção constante que também o ajudou a encontrar estilo e linguagem próprios, um diferencial dele no ­LinkedIn perante os mais de 21.600 seguidores que possui. “Consistência leva a autenticidade. Você só vai descobrir qual é o seu jeito — aquele que será reconhecido pelos outros — depois de produzir bastante, interagir e colher feedbacks do que funciona e do que não funciona.”

Resultados vêm com estratégia

Amarrando tudo isso está o terceiro pilar para o êxito do branding pessoal nas redes sociais: estratégia. Cada um vai desenvolver a sua, tendo claro o que, como, quando e onde quer comunicar. Mas o objetivo, independentemente da tática, deve ser a construção de respeito, admiração, reputação e autoridade moral, chamados por Dalbosco em suas palestras de o “quarteto fantástico” da abertura de portas na carreira.

Atenção à estratégia foi uma das principais razões do sucesso da marca pessoal­ erguida pela especialista em recursos humanos Denyse Santos, da Paraíba, no LinkedIn. Em quatro anos, ela saiu de 400 para meio milhão de seguidores, o que lhe rendeu o título de Top Voice na rede e, sobretudo, possibilitou que abrisse o seu negócio, de consultoria e mentoria de carreira, hoje a sua área de atuação. “Com certeza, sem as redes sociais, eu não teria alcançado esse reconhecimento e influência”, constata.

Um de seus diferenciais estratégicos é a postagem de conteúdo com base em sua própria história, no seu processo de crescimento profissional, inspirando quem a acompanha. Para ampliar o alcance, Santos tem como focos — e recomenda a quem quer firmar sua marca na plataforma — o engajamento com outros conteúdos para promover e fortalecer relacionamentos; o networking estratégico com outros líderes influentes do mesmo segmento; o compartilhamento de notícias e tendências, evidenciando o seu entendimento do mercado; e a demonstração de visão e valores que norteiam as suas escolhas.

Ajustes de rota fazem parte do ajuste dessa jornada, afinal uma marca pessoal percebida de forma errada muda todo o jogo da demanda de mercado pelo profissional. Zaka, da TechDrops, por exemplo, que começou falando sobre o negócio no LinkedIn, encontrou a estratégia ideal depois de entender que não era isso que valorizava a sua identidade profissional. “Então passei a criar conteúdo sobre o que as pessoas queriam saber, não sobre mim ou minha empresa. Conteúdo que gera emoção, que vem normalmente de quatro fontes: educação, inspiração, entretenimento ou pertencimento, jamais de autopromoção”, divide. Foi aí que o seu branding ganhou corpo.

Um território por vez

A escolha das redes sociais usadas, inclusive, é uma questão estratégica importante — já que cada uma tem uma dinâmica diferente —, mas que divide opiniões. Para Dalbosco, ela não deve ser baseada na plataforma de que o profissional mais gosta, e sim na que possui maior sintonia com o público que quer impactar. “Não adianta ter um conteúdo fantástico se estiver semeando em terreno não propício”, analisa. Já para Guta Tolmasquim, essa é uma decisão pessoal: “É muito intenso produzir conteúdo para redes e lidar com a exposição pessoal, então é importante estar presente nas que a pessoa tem familiaridade e gosta”.

Seja como for, em um ponto todos concordam: atirar para todos os lados não é uma boa tática. “Gosto da seguinte linha de pensamento: antes de dominar uma rede, não vá para outra, e depois que dominar, adapte o seu conteúdo para a forma de produzir da outra”, sugere Zaka. Aqui, dominar engloba ter alcançado verdadeiramente consistência de conteú­do, conseguir fazer conexões humanas significativas e possuir reputação algorítmica (o algoritmo entende que o usuário é relevante).

Até porque gerenciar o branding pessoal em múltiplas redes requer dedicação, e nem sempre o profissional ou empreendedor dispõe de tempo suficiente. Denyze Santos, por exemplo, foi mãe recentemente, e conciliar a maternidade, o trabalho como consultora e a rotina de postagens no LinkedIn é desafiador, mas possível graças a muito planejamento e disciplina. “Costumo dizer que marca pessoal não é para todo mundo. É para quem quer criar diferenciação entre os iguais, ser marcante, impactante, memorável — e coisas grandes assim requerem tempo e priorização”, comenta Dalbosco.

Para alguns executivos, uma saída para driblar a falta de tempo, mantendo a constância e qualidade dos conteúdos, é contratar um ghostwriter. Porém, a opção só vai trazer resultado efetivamente se, de toda forma, tiver sido desenhada uma estratégia de conteúdo por trás desse trabalho com o titular do perfil. Sem contar que as etapas de pauta, revisões e aprovações também tomam bastante tempo. Logo, é preciso considerar tudo isso.

De modo geral, os creators que colocam a “mão na massa” conseguem transmitir de maneira mais genuína a sua essência e se conectar melhor com o público, por isso a maioria dos perfis mais destacados é tocada pessoalmente pelo profissional, que delega apenas tarefas técnicas mais complexas, como edição de vídeo. Além de Denyze Santos, esse é o caso de Louise Barsi e Mari Saad, todas altamente bem-sucedidas em seu branding pessoal.

Funcionalidades (bem aproveitadas)

É uníssono que autenticidade, consistência e estratégia são os eixos principais para alavancar a carreira e/ou os negócios nas redes, acima de qualquer ferramenta que essas plataformas de networking pos­suam. Isso, porém, não quer dizer que esses recursos, quando bem usados, não ajudem.

O TikTok, por exemplo, tem um algoritmo diferente da maioria, que premia conteúdo, mais do que seguidores. “Então, o criador tem o desafio de que todo conteú­do seja incrível”, pontua Guta, da Purple Metrics. Mas isso significa uma vantagem para quem está começando: caprichar nas postagens pode aumentar o alcance, independentemente do tamanho do perfil. Em geral, o algoritmo das redes sociais entrega conteúdo com base em engajamento. À medida que seguidores curtem e comentam, ele entrega para mais usuários, o que privilegia quem tem mais gente seguindo. 

No LinkedIn, funcionalidades e recursos simples, se ativados e preenchidos de forma estratégica, também colaboram para acelerar a visibilidade do perfil. Isso inclui, entre outras coisas, manter as informações de usuário completas, elaborar uma boa apresentação na aba “Sobre”, interagir com suas conexões, participar de grupos relevantes e criar uma página de serviços. Essas práticas contribuem para o Social Selling Index (SSI) do perfil, um índice com notas de 1 a 100 criado pelo LinkedIn para medir a eficácia e a presença do usuá­rio na plataforma. Notas acima de 70 são um ótimo resultado, e estar entre os top 3% atesta que o perfil é realmente relevante dentro do seu ramo de atuação.

O futuro às redes pertence

Tudo leva a crer que, com um mercado tão saturado como o de hoje, construir uma identidade digital forte nas redes sociais será, cada vez mais intensamente, instrumento para se destacar profissionalmente. “Mais do que nunca, vamos precisar explorar nessas plataformas, de uma forma muito específica, clara e consistente, quem nós somos e quais são os fatores que nos diferenciam”, diz Karen Fuoco.

Já faz um tempo que as pessoas estão ganhando autonomia da sua trajetória, deixando de enxergar a empresa como a única provedora de uma carreira. Portanto, esse é um movimento natural, em que o espaço individual das redes sociais ganha ainda mais relevância como ferramenta de carreira daqui para a frente, desde que isso seja feito com consciência, talento e uma boa dose de coragem. “As arquibancadas da vida estão lotadas de profissionais que jamais vão pisar na arena, que nunca vão se arriscar, que não vão expor suas ideias. Na minha opinião, esse é um preço muito alto a pagar”, avalia a professora da ESPM.


TikTok: a rede do momento

No mundo, mais de 1,5 bilhão de pessoas têm conta na plataforma

O Brasil possui quase 100 milhões de usuários

Cerca de 40% entraram para o TikTok no último ano

• 1 em cada 3 estima que vai passar mais tempo no TikTok no próximo ano

• 62% seguem influenciadores no aplicativo

• 69% dos usuários mais jovens (de 16 a 29 anos) dizem seguir determinados influencers somente nessa rede

Fontes: Pesquisa TikTok no Brasil 2024, realizada pela Opinion Box; Statista.


Instagram: a preferida do brasileiro

3a maior rede social do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários ativos

O Brasil é o 2o país em número de usuários, 134 milhões, depois dos Estados Unidos

É a número 1 entre as redes sociais mais usadas pelos brasileiros

92% dos usuários entram na plataforma pelo menos uma vez por dia; 53% acessam várias vezes; 22% a mantêm aberta o dia inteiro

7 em cada 10 usuários seguem influenciadores

Fontes: Relatório Influenciadores Digitais, da Opinion Box; Statista.


LinkedIn: onde os headhunters mais estão de olho

A maior rede profissional do mundo, com mais de 1 bilhão de usuários

Mais de 75 milhões de membros no Brasil, o que representa 68% da força de trabalho nacional

O país é o 3o maior mercado do app

A cada minuto, 6 pessoas são contratadas via LinkedIn

4 em cada 5 membros do LinkedIn conduzem decisões de negócios

Pelo menos 67 milhões de empresas estão listadas na plataforma

Fontes: LinkedIn; Relatório Digital in Brazil 2024, da DataReportal.


Fábrica de influencers

Mais uma amostra de como o branding pessoal nas redes pode mudar uma carreira é a história do professor de inglês Rhavi Carneiro, que junto com seu sócio fundou a Fluency Academy, uma plataforma de ensino de idiomas em que o coração do modelo de negócios é a influência nas mídias sociais, a conexão entre seguidor e creator.

Tudo começou há oito anos, quando viu um vídeo no YouTube de uma professora com 400.000 seguidores. Impressionado, pensou em como as pessoas preferiam pagar para aprender com alguém que admirassem na internet, em vez de uma grande escola. Foi aí que Carneiro resolveu produzir vídeos curtos com dicas práticas de inglês, inovadores na época, para vender cursos. Bingo: em poucos dias, ele, que era um professor com salário limitado, se tornou popular e vendeu 250.000 reais em cursos só para os seguidores no Facebook. “Aquilo foi a prova de que, nas redes sociais, as coisas podem tomar proporções enormes. Foi uma loucura, nosso crescimento foi exponencial”, diz.

A dupla então replicou a metodologia para criar outros Rhavis, professores superfamosos que usam sua autoridade na internet para vender os cursos da Fluency. E deu certo. “Hoje, chegamos a uma base de mais de 40 milhões de seguidores nas redes sociais”, conta o empreendedor, que agora não precisa mais dar aulas, porque a empresa decolou e está avaliada hoje em 1,4 bilhão de reais.

Denyze Santos, mentora e consultora de carreira (Abraão Silva/Divulgação)

DENYSE SANTOS

• Quase 500.000 seguidores no LinkedIn, classificada como Top Voice

• Mentora e consultora de carreira

• Depois de investir na sua identidade profissional no LinkedIn, onde se tornou um ícone em RH, o seu perfil cresceu mais de 1.200 vezes


Guta Tolmasquim, CEO e fundadora da Purple Metrics (Johnnie Mello/Divulgação)

GUTA TOLMASQUIM

Mais de 84.500 seguidores no TikTok

CEO e fundadora da startup Purple Metrics

Sua evidência nas redes sociais turbinou também a visibilidade de sua empresa, que captou 1,2 milhão de dólares em 2023


Louise Barsi, sócia-fundadora da fintech AGF (Vitor Affa/Divulgação)

LOUISE BARSI

924.000 seguidores no Instagram

Sócia-fundadora da fintech AGF

Os seus conteúdos sobre mercado acionário desmistificaram o assunto e a tornaram uma referência no segmento


Luiz Zaca, fundador da TechDrop (Iluminar Partos/Divulgação)

LUIZ ZACA

Mais de 21.600 seguidores do LinkedIn, onde tem o selo de Top Voice

Fundador da empresa TechDrop

Desde que encontrou o tom da sua marca pessoal, triplicou o resultado do seu negócio em menos de um ano


Mari Saad, da Mascavo

MARI SAAD

4 milhões de seguidores no Instagram

Influenciadora digital expert em beleza

Com a autoridade conquistada em seu segmento, lançou a sua própria marca de maquiagem,
a Mascavo

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