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Aumento das exportações ainda é insuficiente, segundo AEB

Para a associação de exportadores, apesar do crescimento das receitas com exportação, o Brasil continua sem participação expressiva no comércio mundial

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h55.

Apesar de comemorado, o crescimento das exportações brasileiras ainda não é suficiente para tornar o Brasil um peso-pesado do comércio internacional. "Seguimos a reboque das transações mundiais", afirma Jovelino de Gomes Pires, coordenador da Câmara de Logística da Associação de Comércio do Brasil (AEB), que participa doseminário Marketing em Foco, promovido pelas revistas EXAME e Meio & Mensagem, nesta terça-feira, em São Paulo. Segundo dados da AEB, a participação brasileira no fluxo internacional não mudou nos últimos 40 anos. Em 1960, o país respondia por 1,1% das exportações mundiais e também por 1,1% das importações. No ano passado, as taxas eram, respectativamente, 1% e 0,64%. "No auge da participação brasileira, em 1950, o país respondeu por 2% das exportações mundiais", diz.

Para Pires, os maiores obstáculos à exportação não estão nas barreiras alfandegárias ou nas cotas impostas por outros países. As maiores dificuldades estão dentro do próprio Brasil: os gargalos logísticos. "A matriz de transportes do país é invertida", afirma, citando o peso exagerado do transporte rodoviário e a pequena participação dos outros modais, como ferrovias e transporte marítimo.

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Na prática, as distorções encarecem o custo médio das empresas com logística. O problema, porém, não é apenas do Brasil. Outros países latino-americanos enfrentam os mesmos desafios, de acordo com Pires. Enquanto, nos Estados Unidos, esse item responde por 10% dos custos totais de uma empresa, na América Latina, o percentual sobe para 35%.

Um problema, conforme o representante da AEB, é a concentração do escoamento das exportações em poucos portos. Somente o porto de Santos responde por 45% dos embarques brasileiros. O porto de Vitória, no Espírito Santo, ocupa um distante segundo lugar, com 16% de participação. Uma das saídas seria integrar Santos aos outros portos, por meio de um ferro-anel um cinturão de ferrovias que ligasse os terminais do país. Isso facilitaria, segundo Pires, a redistribuição da carga entre os portos. Outra sugestão é simplificar a documentação das cargas a serem embarcadas.

Pires anunciou o recém-criado Reporto, regime tributário especial para a importação de máquinas e equipamentos para melhoria e ampliação de portos. Criado pelo governo federal no mês passado, o Reporto idealizado pela AEB em 2001.

Seminário Marketing em Foco

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Executivos, empresários e profissionais de marketing participam do seminário

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