Man trader sitting at desk at office in front of monitors with stocks data holding smartphone browsing application monitoring price changes on candle bar online using digitla devices close-up (viktoriia hnatiuk/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 17h55.
Última atualização em 1 de dezembro de 2025 às 17h57.
O avanço dos ativos digitais no mercado brasileiro levou investidores a incorporar essa classe de produtos ao planejamento financeiro. Pesquisa da Locomotiva, encomendada pela Binance, indica que 42% dos investidores do país já aplicam em criptoativos, percentual equivalente ao de fundos de investimento. O movimento amplia a necessidade de definição clara de metas, prazos e níveis de risco antes da alocação.
Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance na América Latina, afirma que o primeiro passo é compreender o funcionamento dos produtos. “É essencial que cada investidor compreenda o que está fazendo. Recomendamos que façam suas pesquisas, o famoso DYOR”, diz, em referência à sigla em inglês para “Do your own research” – ou faça sua própria pesquisa. “Não existe caminho fácil: é necessário entender onde se está investindo e alocar valores condizentes com os riscos e suas finanças pessoais.”
A definição de metas segue a lógica tradicional: identificar objetivos, estabelecer prazos e avaliar a capacidade do orçamento. A mudança atual está na possibilidade de distribuir esse planejamento em diferentes camadas.
Para reservas de curto prazo, instrumentos estáveis e de liquidez imediata seguem prioritários. Em horizontes mais longos, como construção de patrimônio ou aposentadoria, os criptoativos podem compor parcela complementar, proporcional ao perfil de risco.
Nazar avalia que aprovações regulatórias e a entrada de grandes gestores contribuíram para ampliar a confiança no setor. “Há uma conjunção entre fatores macroeconômicos e específicos da indústria que conferem legitimidade ao mercado, o que é fundamental para atrair novos investidores”, afirma.
A expansão do setor estimulou também o interesse por educação financeira. Melanie Steiner, diretora de marketing da Binance na América Latina, observa que o aprendizado acompanha a adoção de novas tecnologias.
“Ao adentrar essa nova tecnologia, notamos uma evolução significativa na compreensão de conceitos financeiros, estratégias de investimento e gerenciamento de riscos. Esse conhecimento capacita todas as pessoas a tomar decisões financeiras mais embasadas, construir riqueza e alcançar segurança financeira de longo prazo”, diz.
Segundo a empresa, ferramentas gratuitas como a Binance Academy apoiam investidores iniciantes. A companhia também conta com parcerias com universidades e ações com a comunidade para incentivar a formação contínua.
A popularização dos ativos digitais trouxe atenção renovada a riscos comuns no ambiente online. Nazar destaca cuidados básicos para evitar fraudes. “Executivos da Binance não criam grupos de WhatsApp para dar dicas de investimento. Fiquem atentos a ofertas de ganhos milagrosos e grupos que se passam por representantes da empresa”, alerta.
Recursos como autenticação em dois fatores, verificação de identidade e monitoramento de transações são apontados pela empresa como medidas que ajudam a reduzir vulnerabilidades.
Com o amadurecimento do mercado, plataformas passaram a oferecer também ambientes que reúnem educação, negociação e ferramentas complementares. No caso da Binance, o portfólio inclui conteúdos educativos e serviços diversos, permitindo ao usuário avançar conforme ganha experiência.
Para Nazar, a combinação entre metas claras, educação contínua e práticas de segurança é o que sustenta o uso responsável dos ativos digitais. “Estudar a indústria e a tecnologia é uma oportunidade. Essa tecnologia veio para ficar, e ainda há muito por vir”, afirma.