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'Pix global': sete bancos centrais farão teste com token para pagamentos instantâneos

Projeto Agora, capitaneado pelo BIS, vai reunir BCs de Japão, Inglaterra, França, México, Suíça e Coreia do Sul, além de filial de Nova York do Fed, em transações internacionais

Além do Fed de Nova York, os bancos centrais de Japão, Coreia do Sul, México, Suíça, Inglaterra e França vão participar (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Além do Fed de Nova York, os bancos centrais de Japão, Coreia do Sul, México, Suíça, Inglaterra e França vão participar (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 4 de abril de 2024 às 12h37.

Última atualização em 4 de abril de 2024 às 13h47.

O Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements - BIS) e sete bancos centrais, incluindo o Federal Reserve Bank de Nova York, vão testar um novo sistema para registro de transações que, no futuro, poderá levar a pagamentos instantâneos, nos moldes do Pix brasileiro, mas com alcance internacional.

O sistema utilizará tokens, um sistema de escrituração digital que garante a identidade e veracidade de um valor. Em parceria com empresas privadas, e sob a coordenação do BIS, estes bancos centrais vão testar o uso combinado de suas moedas locais digitais e de seus depósitos em bancos comerciais, que seriam registrados numa plataforma internacional única.

Pix global: países participantes

Além do Fed de Nova York, os bancos centrais de Japão, Coreia do Sul, México, Suíça, Inglaterra e França vão participar. O BC francês vai representar a rede de bancos centrais da zona do euro. O grupo vai trabalhar em parceria com bancos comerciais, que serão reunidos pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF).

A tokenização é uma tecnologia que tem a vantagem de combinar funcionalidades de sistemas de mensagens instantâneas com mecanismos de liquidação de pagamentos e transações, disse Hyun Song Shin, consultor e pesquisador do Centro de Inovação do BIS.

Para os brasileiros acostumados com o Pix, seria um sistema similar.

Projeto Agora

O objetivo do Projeto Agora é superar as dificuldades nos pagamentos internacionais devido a diferentes requisitos legais, regulatórios e técnicos, horários de funcionamento e fusos horários, de acordo com o BIS.

"Em nosso futuro mercado digital, os setores público e privado se reunirão com a ambição de desenvolver um novo paradigma para melhorar os pagamentos internacionais", disse Cecilia Skingsley, diretora do Centro de Inovação do BIS.

Atualmente, a grande parte das transações transfronteiriças do mundo depende de uma rede de mensagens conhecia como Swift. O dinheiro é transferido do remetente para o destinatário através de bancos correspondentes, processo que pode levar até uma semana, dependendo do caso, além de gerar taxas e custos administrativos.

Um estudo do BC japonês estimou em 20% o custo médio de envio de recursos via Swift para transações de US$ 200.

Ao reunir um grupo de BCs de diferentes regiões do mundo, inclusive da Ásia, o Projeto Agora pode ser um contraponto importante à China, que tem corrido para desenvolver sua própria versão do iuane digital, avaliam analistas do setor.

Acompanhe tudo sobre:PIXFed – Federal Reserve System

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