Minha Casa Minha Vida: Menin elogiou também a articulação entre os ministérios e a Caixa Econômica Federal com os representantes das associações do mercado imobiliário (Reuters/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 22h13.
São Paulo - Os ajustes anunciados no Minha Casa Minha Vida (MCMV) serão capazes de gerar 800 mil empregos diretos e indiretos na cadeia da construção em um ano, de acordo com estimativa do presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Rubens Menin.
"Essa é uma meta bastante realista. Nós estamos muito animados com essas mudanças no programa", afirmou Menin, que também é presidente do conselho de administração da MRV Engenharia, maior operadora do programa.
O executivo calcula que os ajustes nas faixas de renda e no valor limite dos imóveis do MCMV darão viabilidade para o desenvolvimento de novos projetos, já que antes os preços estavam defasados, na sua avaliação.
Desta forma, será possível atingir a contratação e construção de cerca de 300 mil casas e apartamentos em um ano.
Menin elogiou também a articulação entre os ministérios e a Caixa Econômica Federal (operadora financeira do programa) com os representantes das associações do mercado imobiliário. "Foi um trabalho de meses, com um ótimo resultado", disse.
Ele afirmou ainda que os ajustes são sustentáveis e contam com recursos suficientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - principal fonte de financiamento do programa habitacional.
Sinduscon-SP
Os ajustes anunciados nesta segunda-feira, 6, para o MCMV são positivos e ficaram em linha com as propostas feitas pelos empresários do mercado imobiliário, garantindo a viabilidade dos novos projetos, afirmou o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). "As mudanças ficaram dentro do esperado", comentou.
Cury ponderou, no entanto, que a exceção foi a reivindicação não atendida de alívio no Regime Especial de Tributação (RET) na faixa 1,5.
Neste segmento, a alíquota é de 4%, mas os empresários pedem redução para 1% - assim como a praticada na faixa 1, sob a justificativa de que esses segmentos têm margens de rentabilidade muito apertadas, que acabam prejudicadas quando há algum tipo de gargalo nas obras e/ou no fluxo de pagamento.
"O RET em 4% não vai travar completamente a faixa 1,5, mas seria melhor de tivéssemos uma alíquota menor para evitar problemas", afirmou Cury.