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Golpe do “falso investimento”: entenda como os golpistas agem para evitar a fraude

Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que retornos muito acima dos praticados no mercado é um dos principais indícios de golpe

Golpe: Febraban alerta para "golpe do falso investimento" (Kulpreya Chaichatpornsuk/Getty Images)

Golpe: Febraban alerta para "golpe do falso investimento" (Kulpreya Chaichatpornsuk/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 11h01.

Última atualização em 29 de fevereiro de 2024 às 09h55.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e seus bancos associados identificaram o surgimento de mais um golpe que circula entre a população: o golpe do falso investimento. Criminosos circulam na internet falsas promessas de aplicações com retornos exorbitantes, bem acima do mercado.

“Sempre desconfie de promessas de rendimentos ou retornos muito acima daqueles praticados no mercado”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Segundo o especialista, a pessoa deve sempre pesquisar e verificar se a instituição é autorizada a operar no mercado, procurando informações sobre sua atuação. “Desconfie se houver insistência para fechar rapidamente algum negócio com a alegação de que irá perder uma oportunidade. Tome cuidado com abordagens em redes sociais e também com sites patrocinados em sites de busca”, acrescenta.

Como funciona o “golpe do falso investimento”?

Grupos criam sites de empresas de fachada e perfis em redes sociais para atrair as vítimas e convencê-las a fazerem investimentos altamente lucrativos e rápidos. Para enganar os interessados em investir, os criminosos utilizam vários artifícios, como:

  • Fornecem informações falsas da suposta empresa;
  • Usam linguagem técnica normalmente falada por corretores;
  • Mostram depoimentos inexistentes de pessoas que foram bem-sucedidas com o investimento.

Ao “capturar” a vítima pela falsa credibilidade, os criminosos fazem com que a pessoa entre em grupos de aplicativos de mensagens, onde estão outros supostos integrantes. Nesses locais, eles afirmam que o pagamento pode ocorrer em alguns meses, tanto no resgate do valor investido quanto no valor da rentabilidade.

Além disso, a Febraban também identificou outra artimanha: os golpistas prometem ganhos se a pessoa fizer uma indicação de novos investidores – o chamado golpe da pirâmide.

Em alguns casos, para criar credibilidade, indicam que o usuário faça investimentos baixos no início e até chegam a pagar algum valor para a vítima. Posteriormente, induzem a vítima a fazer investimentos mais altos, e pressionam para que o cliente tome decisões rápidas. Depois que conseguem tirar uma quantia alta da pessoa, bloqueiam o usuário do grupo e somem.

Caí em um golpe financeiro, e agora?

No caso do cliente ter sido vítima de algum crime, ele deve notificar imediatamente seu banco para que medidas adicionais de segurança sejam adotadas. Quanto mais rápido fizer a comunicação, maior será a possibilidade de recuperação do valor junto a outros bancos.

Também é fundamental que a vítima faça um boletim de ocorrência perante a autoridade policial. A documentação oficial dá visibilidade ao crime e ajuda nas investigações policiais, permitindo, posteriormente, a identificação e as prisões de quadrilhas de criminosos.

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