Invest

Conheça os brasileiros finalistas da Olimpíada Internacional de Economia

Brasil terá cinco jovens representantes que irão buscar o tetracampeonato na Olimpíada Internacional de Economia, que visa incentivar a educação em temas como matemática, ciência e economia

Olimpíada Brasileira de Economia: evento final foi realizado na sede do BTG Pactual na noite de domingo (Rafael Cusato/ divulgação/Divulgação)

Olimpíada Brasileira de Economia: evento final foi realizado na sede do BTG Pactual na noite de domingo (Rafael Cusato/ divulgação/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 5 de junho de 2022 às 21h10.

O Brasil terá cinco jovens representantes na Olimpíada Internacional de Economia (International Economics Olympiad - IEO) que acontecerá entre os dias 26 de julho e 1º de agosto, em Xangai, na China. O Comitê Brasileiro será formado por Caue Fornielles da Costa, Daniel Ferracini Colli, Mirella Diniz Wunderlich, Nícolas Goulart de Moura e Sebastião Froes Natchtergaele. Os nomes foram anunciados na noite deste domingo, 5 de junho, na sede do BTG Pactual, em São Paulo.

A final da Olimpíada Brasileira de Economia (Obecon), aconteceu entre os dias 3 e 5 de junho, foi realizada na sede do BTG Pactual (grupo controlador da EXAME) e no Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli). Nos últimos dias, os 45 alunos do ensino médio de todo o país, que foram finalistas da competição, foram divididos em grupos para realizar atividades relacionadas a economia e finanças. Eles tiveram que resolver um business case e as propostas foram avaliadas por uma banca. Os candidatos receberam uma nota individual baseado na sua performance.

Além do business case, durante o evento, os alunos participaram de  workshops e palestras divididos em seis painéis, como carreira e diversidade no mercado financeiro e educação e liderança. Entre os palestrantes estavam: Mansueto Almeida (economista-chefe do BTG Pactual), Florian Bartunek (sócio fundador da Constellation Investimentos), Bruno Amaral (sócio da área de M&A do BTG Pactual), Martha Leonardis (head de eventos e responsabilidade social do BTG Pactual) e Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.

Durante a palestra, Sallouti ressaltou a importância desse tipo de evento para incentivar a educação no país e principalmente em temas como matemática, ciência e economia. “A Obecon ajuda a engajar e aproximar os jovens do mercado profissional brasileiro, incentivando que eles contribuam cada vez mais para o desenvolvimento do país”. Ele acrescentou que o BTG está engajado e motivado a incentivar e apoiar outras olimpíadas científicas no Brasil. “Nós temos uma lacuna de bons profissionais e líderes. Iniciativas como esta destacam nossos talentos. Investimentos na educação trazem uma enorme retribuição para a sociedade. A sociedade se beneficia.”

Durante a conversa com os jovens, Sallouti contou sobre sua trajetória profissional, que começou como backoffice até chegar ao cargo de CEO do banco. “Contando assim até parece que foi uma carreira e um crescimento linear”, brincou com os alunos presentes. O executivo dividiu algumas dicas profissionais com os jovens, como tentar fomentar uma rede de networking durante toda a vida, não deixar de buscar novos conhecimentos e ter resiliência. “Não desistam. Minha melhor decisão empresarial da vida foi um único emprego. Resisti a tudo e soube aproveitar todas as chances que me deram.”

Em busca do Tetra e primeira mulher

O Comitê brasileiro irá em busca de mais uma vitória e alcançar o tetracampeonato, mais um marco histórico. O Brasil é o único país com três vitórias na Olimpíada Internacional de Economia. Em 2019, o BTG Pactual já havia patrocinado os estudantes brasileiros que ficaram em primeiro lugar no mundo na 2ª International Economics Olympiad (IEO), realizada de 24 a 31 de julho, em São Petersburgo, na Rússia.

Raphael Zimmermann, líder da delegação brasileira em 2019, afirmou que o objetivo da Olimpíada Brasileira de Economia, além de formar a delegação, é fomentar e potencializar novos talentos no Brasil e disseminar o conhecimento sobre economia, finanças, negócios e educação financeira para estudantes de ensino médio em todas as regiões. Ele destacou ainda que a participação no evento é um impulsionador na carreira dos alunos, já que vários participantes de edições passadas foram estudar fora do país. "Mas a ideia não é só ser impulsionador da carreira, mas fazer com que as empresas possam enxergar novos talentos e talentos promissores no país. A Obecon fomenta novos talentos."

Neste edição, o Brasil terá a primeira mulher integrante do Comitê. Aos18 anos, Mirella Diniz Wunderlich afirma estar honrada em representar as mulheres no evento e quer incentivar a participação cada vez mais de outras. "Quero dar o exemplo. No ano passado, fiquei em sexto. Bati na trave. Este ano era minha chance e a chance de ter uma mulher na International Economics Olympiad."

Além de mais mulheres na final, o Obecon quer ampliar a participação de alunos de escolas públicas. Este ano, Pedro Henrique Léo Rebelo, aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro, foi o único de escola público que chegou na final. Ele foi premiado pelo desempenho.

Metodologia

Estudantes do ensino médio de todo o País podem participar da Obecon, que é dividida em três etapas. Na primeira fase os alunos se inscrevem para fazer a etapa online da Olimpíada, que envolve conhecimentos básicos e gerais abordados pela competição. Os classificados fazem uma prova escrita com questões objetivas e dissertativas, realizada também no formato online por videoconferência com gravação (simulando uma sala de aula com fiscais). Os temas abordados são: Microeconomia, Macroeconomia, Finanças, Economia Comportamental, História Econômica, Atualidades e Negócios.

A terceira fase é realizada de forma presencial, em uma instituição de ensino superior parceira, na cidade de São Paulo. Neste ano ela ocorre na sede do BTG Pactual e no Inteli, em São Paulo.

Para Maíra Habimorad, CEO do Inteli, sediar um evento como este contribui para fortalecer a missão do Instituto de preparar futuros líderes para o mercado e desenvolver competências ligadas a negócios, tecnologia e liderança. "A Olimpíadafomenta o aprendizado, incentiva o protagonismo do aluno e agrega valor ao currículo acadêmico, além de proporcionar a troca de conhecimento, por meio dos painéis, workshops e palestras."

No próximo ano, o Brasil quer ser sede Olimpíada Internacional de Economia. As chances são grandes com o possível tretacampeonato nas mãos.

Acompanhe tudo sobre:btg-pactual-digitaleconomia-brasileiraeconomia-internacionalEducaçãoEscolasOlimpíadas

Mais de Invest

Como fazer um inventário? Veja o passo a passo

INSS divulga calendário 2025 para pagamentos de aposentados e pensionistas

Quanto rende R$ 20 mil por mês com a Selic a 12,25%

Dólar bate novo recorde e fecha a R$ 6,27 após decisão do Fed e falas de Haddad