Repórter colaborador
Publicado em 30 de abril de 2024 às 06h35.
A WeWork anunciou na segunda-feira um acordo com seus credores e uma nova captação de recursos, avançando num acordo de falência que rejeita oferta de US$ 650 milhões do cofundador e ex-proprietário Adam Neumann.
Segundo informações da Reuters, durante audiência em Newark, Nova Jersey, o juiz de falências, John Sherwood, aprovou que a empresa sediada em Nova York e apoiada pelo SoftBank submetesse o seu plano de reestruturação à votação dos credores, colocando-a no caminho para sair da falência até ao final de maio.
A reestruturação, agora apoiada por todos os principais credores da WeWork, entregaria o capital da empresa para credores seniores e cancelaria a sua dívida de US$ 4 bilhões.
O acordo de falência revisado inclui até US$ 450 milhões em novos financiamentos do SoftBank, um grupo de detentores de títulos que inclui King Street Capital, e Cupar Grimmond, uma empresa afiliada ao parceiro de tecnologia da WeWork, Yardi Systems.
Ainda de acordo com a Reuters, após a reestruturação, a Cupar Grimmond ficaria com a maioria do capital da WeWork e o SoftBank teria 16,5%, embora a participação do SoftBank pudesse subir para 36%, dependendo de como a WeWork decidir capitalizar algumas linhas de crédito separadas que financiou.
A WeWork aproveitou sua falência para negociar uma redução significativa nos custos futuros de aluguel de seus proprietários, chegando a acordos para economizar US$ 8 bilhões. Durante esse processo de falência, a WeWork cancelou negócios em cerca de 160 dos 450 locais onde atua.