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WEG abre temporada de balanços, Netflix em alta e o que mais move o mercado

Bolsas operam próximas da estabilidade: resultados corporativos e risco de recessão seguem no radar de investidores

WEG: mercado espera lucro de quase R$ 1 bilhão para o segundo trimestre (WEG/Divulgação)

WEG: mercado espera lucro de quase R$ 1 bilhão para o segundo trimestre (WEG/Divulgação)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 20 de julho de 2022 às 07h21.

Última atualização em 20 de julho de 2022 às 08h45.

O maior apetite ao risco que tomou os mercados no último pregão perdeu força nesta quarta-feira, 20, com bolsas e o dólar operando próximos da estabilidade. Por trás dos movimentos de ontem estiveram expectativas de que o pior cenário já ficou para trás, com possíveis oportunidade de compra diante de perspectivas mais otimistas para a temporada de balanços dos Estados Unidos e maior probabilidade de o Federal Reserve (Fed) não intensificar a alta de juros.

Mas o fantasma da recessão ainda assusta investidores. A inversão da curva de juros americana permanece, com os títulos de 2 anos pagando mais que o de 10 anos. O movimento, extremamente incomum por prazos mais longos naturalmente representarem maior risco, é considerado por economistas como uma das principais evidências de que uma recessão se aproxima da maior economia do mundo. A permanência do fenômeno, que já dura quase duas semanas ininterruptas, mantém investidores em estado de alerta.

Netflix sobe após balanço

A Netflix, que apresentou seu resultado do segundo trimestre na última noite, salta mais de 7% no pré-mercado americano. Embora tenha apresentado queda de 1 milhão de assinaturas no período, a perda foi apenas metade da esperada. O lucro por ação também surpreendeu o mercado, ficando em US$ 3,20 ante consenso de US$ 2,96. O índice Nasdaq, da bolsa onde a Netflix é listada, tem o melhor desempenho do mercado de futuros dos Estados Unidos. Nesta noite, será a vez da Tesla apresentar seus números do segundo trimestre.

BCE e câmbio

No radar de investidores, ainda está a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que deve marcar a primeira alta de juro em mais de uma década. A dúvida é sobre o tamanho da dose: o BCE sinalizou no comunicado da última reunião uma alta de 0,25 ponto percentual, mas declarações recentes de fontes da Bloomberg  de dentro do BCE confirmaram que uma elevação de 0,50 p.p. ainda está na mesa. A tendência é de que uma alta mais forte fortaleça o euro. A decisão está prevista para a manhã desta quinta-feira, 21.

Apesar da recente valorização da moeda europeia, o banco ING ainda considera "muito cedo" para abandonar a tese de alta do dólar. "A questão é se os movimentos de ontem [terça-feira, 19] marcaram o primeiro estágio de uma tendência de depreciação do dólar desde seu pico cíclico. Embora não descartemos isso completamente, os riscos para um cenário de baixa do dólar permanecem bastante elevados", afirmou a equipe de câmbio do ING em relatório. 

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,70%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,93%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 0,97%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,23%
  • DAX (Frankfurt): + 0,17%
  • CAC 40 (Paris): + 0,08%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 0,89%
  • Shangai Composite (Xangai): + 0,04%
  • Nikkei 225 (Tóquio): + 0,65%

Balanço da WEG

A WEG (WEGE3) irá abrir a temporada de balanços do segundo trimestre de empresas brasileiras nesta quarta, com resultado previsto para antes do início do pregão. O consenso da Bloomberg é de que a companhia apresente lucro líquido de R$ 932,7 milhões e R$ 1,25 bilhão em Ebitda. A expectativa para receita operacional líquida é de R$ 6,96 bilhões.

Produção da Vale

Divulgada na última noite, a produção de minério de ferro da Vale (VALE3) para o segundo trimestre ficou em 74,1 milhões de toneladas O número saiu levemente abaixo das estimativas da Bloomberg, que eram de 76,9 milhões de toneladas. As vendas ficaram em 64,3 milhões de toneladas. As ADRs da companhia, negociadas nos Estados Unidos, avançam quase 1% no pré-mercado.

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