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Wall Street tem dia de grande volatilidade, e vários bancos regionais caem

A bolsa conteve suas perdas uma hora após a abertura, graças ao setor farmacêutico e a outros valores "defensivos"

Às 14h20 GMT (11h20 em Brasília), o Dow Jones caía 0,05%, enquanto o setor tecnológico Nasdaq perdia 0,10%, e o S&P 500, 0,27% (Leandro Fonseca/Exame)

Às 14h20 GMT (11h20 em Brasília), o Dow Jones caía 0,05%, enquanto o setor tecnológico Nasdaq perdia 0,10%, e o S&P 500, 0,27% (Leandro Fonseca/Exame)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 13 de março de 2023 às 16h02.

A Bolsa de Nova York esteve volátil nesta segunda-feira, 13, após abrir em baixa, em um mercado abalado pelas quebras bancárias nos últimos dias nos Estados Unidos e pelo temor de um eventual contágio, apesar dos anúncios de medidas oficiais de contingência para garantir os depósitos.

A bolsa conteve suas perdas uma hora após a abertura, graças ao setor farmacêutico e a outros valores "defensivos".

Às 14h20 GMT (11h20 em Brasília), o Dow Jones caía 0,05%, enquanto o setor tecnológico Nasdaq perdia 0,10%, e o S&P 500, 0,27%.

Volatilidade extrema

Os índices demonstram uma volatilidade extrema, passando de positivo para negativo e vice-versa constantemente.

Preocupados com a situação do setor bancário após a quebra do Silicon Valley Bank (SBV), os operadores se concentram em ativos mais seguros, a começar pelos títulos do Tesouro americano.

Os rendimentos dos bônus de dez anos caíram para 3,48%, contra 3,69% no fechamento de sexta-feira (10), devido a uma onda de compras de investidores em busca de segurança. Isso aumenta o preço desses papéis e reduz o rendimento que o Tesouro deve pagar ao emiti-los.

Essa variação de queda nas taxas dos títulos "sugere que o mercado não acredita que o Fed continuará elevando suas taxas de juros (ndlr: para combater a inflação) no ritmo esperado na semana passada", de acordo com Quincy Krosby, da LPL Financial.

Bancos ruins

Mas o setor bancário está em má situação. Após a falência do SVB na sexta-feira e sua aquisição pelas autoridades federais, outro banco, o nova-iorquino Signature Bank, foi fechado pelos entes reguladores no domingo.

Já são três os bancos que quebraram em menos de uma semana, em um contexto de agressiva alta das taxas de juro por parte do Reserva Federal (Fed, banco central dos EUA) para conter a inflação. A perspectiva de um freio por parte do Fed estimulou alguns investidores a comprarem ações.

O setor farmacêutico se beneficiou, por sua vez, da compra da biotecnológica Seagen (+15,83%), especializada em tratamentos contra o câncer, pela gigante Pfizer (+2,04%), por US$ 43 bilhões.

Amgen, Gilead e até laboratórios modernos subiram, influenciados por este anúncio.

Alguns valores “defensivos”, aqueles menos sensíveis à conjuntura econômica, como Johnson & Johnson (+1,99%), Procter & Gamble (+2,64%) e Coca-Cola (+1,94%), subiram.

Medidas fortes

Enquanto isso, o Tesouro, o Fed e a agência federal de seguro de depósitos (FDCI na sigla em inglês) anunciaram que vão garantir todos os fundos colocados no SVB e no Signature Bank. Os clientes poderão, assim, acessá-los.

O Fed também emprestará dinheiro a qualquer banco que precise dele para cobrir saques.

Estão tentando restaurar a "confiança", disse Quincy Krosby, da LPL Financial.

"A confiança está diminuindo no mercado. Você vê isso particularmente com os bancos regionais", completou.

Na abertura, o banco californiano First Republic despencou para 73,02%. O banco de San Francisco perdeu mais de 75% do valor de seu valor na Bolsa desde quarta-feira (8). É o 14º banco do país em ativos, em torno de US$ 212 bilhões.

Outras entidades regionais também desabaram, como a californiana PacWest (-54,74%); Western Alliance (-82,47%), com sede em Phoenix, no Arizona; ou Zions Bancorporation (-31,60%), de Salt Lake City, no estado de Utah.

"Vamos acompanhar de perto os grandes bancos e as seguradoras", frisou Crosby.

As grandes instituições financeiras caíram, mas em proporções bem menores: Bank of America perdeu 5,07%; Wells Fargo, 5,62%; e Citigroup, 5,44%.

"O problema não está resolvido. Pelo menos é isso que o mercado acha", afirmou Patrick O'Hare, da Briefing.com, em um nota.

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