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Waldron do Goldman alerta para choques sem precedentes

Um alto executivo do Goldman Sachs ecoou o tom pessimista do CEO do JPMorgan ao alertar para tempos mais difíceis à frente em meio a uma série de choques que abalam a economia

Goldman: Waldron expressou seu medo de que os riscos de inflação, mudanças na política monetária e a invasão da Ucrânia pela Rússia possam golpear a economia global (Scott Eells/Bloomberg)

Goldman: Waldron expressou seu medo de que os riscos de inflação, mudanças na política monetária e a invasão da Ucrânia pela Rússia possam golpear a economia global (Scott Eells/Bloomberg)

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Publicado em 2 de junho de 2022 às 16h16.

Um alto executivo do Goldman Sachs ecoou o tom pessimista do CEO do JPMorgan Jamie Dimon ao alertar para tempos mais difíceis à frente em meio a uma série de choques que abalam a economia global.

Este é um dos ambientes mais – se não o mais – complexo e dinâmico que já vi em minha carreira”, disse o presidente do Goldman John Waldron em uma conferência de investidores quinta-feira. “A confluência do número de choques no sistema para mim é sem precedentes.”

Os comentários de Waldron ecoaram o forte aviso na quarta-feira de Dimon, que alertou os investidores para se prepararem para um “furacão” em meio a uma combinação sem precedentes de desafios.

Waldron brincou que evitaria “usar qualquer analogia com o clima”, mas expressou seu medo de que os riscos de inflação, mudanças na política monetária e a invasão da Ucrânia pela Rússia possam golpear a economia global.

“Esperamos tempos mais difíceis pela frente”, disse Waldron. “Sem dúvida, estamos vendo um ambiente de mercado de capitais mais difícil.”

O banqueiro expressou surpresa com a resiliência no mercado de fusões, “que é inconsistente com tudo o que tenho falado”. Um resultado possível: “Isso vai começar a desandar porque vemos a destruição da demanda, e os CEOs ficam um pouco menos confiantes”, disse Waldron. “Essa é uma expectativa razoável, mas estamos observando isso cuidadosamente como um sinal.”

Waldron emergiu como um dos críticos mais severos do Federal Reserve no setor financeiro no início deste ano, quando atacou o banco central americano pelo que considerou falta de autonomia e determinação para tomar as medidas necessárias para domar a inflação mais alta em 40 anos.

Na quinta-feira, ele deu uma mensagem mais confiante sobre a capacidade de seu banco de ainda gerar lucros elevados durante a crise.

“Qualquer que seja o ambiente econômico, vamos nos sair bem”, disse.

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