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Teremos um 2022 melhor do que o esperado, diz Mansueto Almeida

O economista chefe do BTG Pactual (BPAC11) abriu o MM Talks, evento da "Melhores e Maiores 2022", tradicional prêmio da EXAME que chega ao seu 49º ano.

Mansueto Almeida, economista chefe do BTG Pactual (BPAC11) (EXAME/Exame)

Mansueto Almeida, economista chefe do BTG Pactual (BPAC11) (EXAME/Exame)

O economista chefe do BTG Pactual (BPAC11), Mansueto Almeida, demonstrou otimismo com a economia brasileira em 2022.

"Muito provavelmente teremos um 2022 muito melhor do que o esperado", disse Almeida no painel de abertura do MM Talks, evento que integra a programação da "Melhores e Maiores 2022", tradicional prêmio da EXAME que chega ao seu 49º ano.

Segundo Almeida, mesmo com um ano de juros alto, com o "ciclo de aperto de juros que vai continuar", o Brasil vai crescer entre 2,5% e 3%.

"Mesmo que a economia brasileira ficar estagnada ao longo do segundo semestre, teremos garantido um crescimento de 2,6%", explicou.

Além do bom desempenho do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), Almeida destacou como o mercado de trabalho surpreendeu positivamente.

"Em ano de juros alto a atividade econômica tinha que estar mais morna, mas a taxa de desemprego no último trimestre terminado em junho é de 9,1%, é a menor desde 2015. É um contexto muito positivo para o Brasil.  Se esperava um crescimento perto de zero no começo do ano, com mercado de trabalho aquecido e contas públicas melhores", disse Almeida.

Contas públicas do Brasil sob controle

Por último, o economista chefe do BTG Pactual salientou como as contas públicas brasileiras estão em ordem.

"As contas públicas estão melhores. O Brasil gastou muito dinheiro em 2020 durante a pandemia, tivemos um déficit primário de R$ 700 bilhões, 10% do PIB, recorde histórico. Mas no ano passado tivemos um superávit de 0,7% do PIB e esse ano, mesmo com desonerações, mesmo com gastos adicional do aumento do Auxílio Brasil, teremos mais um ano de superávit do setor público, e isso tem sido surpreendente", disse o economista.

Almeida explico que a dívida pública no final deste ano em relação a 2019, ou seja, pré-pandemia, vai terminar com um crescimento inferior a 3% do PIB, enquanto a média do mundo de países que gastaram muito é de um crescimento da dívida de 15 a 20 ponto do PIB.

"Então um contexto positivo para o Brasil em 2022 em um contexto de muita mais incerteza a nível mundial", explicou o economista.

Confirma a integra do painel da MM Talks com Mansueto Almeida: https://youtu.be/GYMz3CH4W5M

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