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Taxa de desemprego, prévia da MRV, Netflix, Lagarde e o que mais move o mercado

Sinais de desaceleração da maior economia do mundo mantêm cautela entre investidores internacionais

Carteira de trabalho (Amanda Perobelli/Reuters)

Carteira de trabalho (Amanda Perobelli/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de janeiro de 2023 às 07h46.

Última atualização em 20 de janeiro de 2023 às 07h13.

O mercado internacional opera em tom negativo na manhã desta quinta-feira, 19, ainda refletindo os sinais de desaceleração da economia americana. Dados divulgados na véspera mostraram uma contração maior que a esperada para o varejo dos Estados Unidos, provocando novas perdas em Wall Street. Os números, ainda referentes ao mês de dezembro, alimentaram as expectativas de uma desaceleração mais forte neste ano, como consequência das altas de juros.

A maior fraqueza do varejo vai de encontro com os sinais de recessão em balanços corporativos do quarto trimestre. Os bancos americanos, entre os primeiros a reportarem resultados do período, apresentaram um forte aumento das provisões contra perdas de crédito, já afetando a linha do lucro.

Netflix e P&G reportam balanços

Nesta quinta, será a vez da Netflix divulgar seu balanço do quarto trimestre, após o encerramento do pregão. A empresa será a primeira entre as grandes de tecnologia a reportar seus números do período. A expectativa é de que a companhia apresente lucro de US$ 0,59 por ação contra US$ 1,33 no mesmo período do ano anterior. Para a receita, o consenso é de US$ 7,84 bilhões frente aos US$ 7,71 bilhões do quarto trimestre de 2021. Além da Netflix, a Protect & Gamble irá divulgar seu resultado nesta quinta, ainda pela manhã. No caso da empresa de bens de consumo são esperadas quedas de lucro e receita frente ao balanço de 2021.

Lagarde em Davos

Apesar dos efeitos das altas de juros do Federal Reserve já serem sentidos por parte das companhias americanas, o mercado segue sem saber ao certo até onde será o aperto monetário nos Estados Unidos. Também há dúvidas quanto à condução das altas de juros na Europa, onde os desafios para controlar a inflação têm se mostrado maiores. Sinais sobre os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE) poderão ser dados nesta quinta, em participação de sua presidente, Christine Lagarde, no Fórum Econômico de Davos.

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Desempenho dos indicadores às 8h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): -0,50%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,67%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,52%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,73%
  • DAX (Frankfurt): - 1,16%
  • CAC 40 (Paris): - 1,19%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: - 0,12%

Taxa de desemprego no Brasil

No Brasil, mesmo com a taxa de juros no maior patamar desde 2016, a atividade econômica tem surpreendido positivamente. Para esta quinta, economistas esperam mais uma queda da taxa de desemprego, do atual patamar de 8,3% para 8,1%. Se confirmada, a taxa será a mais baixa desde a divulgada no início de 2016, quando ainda estava na casa dos 7%. Desde o pico de desemprego em 2021, a taxa já caiu de 6,4 pontos percentuais.

Prévia da MRV

A MRV (MRVE3) apresentou R$ 2,06 bilhões em vendas em prévia operacional do quarto trimestre, 14,2% abaixo do mesmo período de 2021. Em lançamentos, no entanto, houve crescimento de 7,3% para R$ 3,48 bilhões. A alta em relação ao trimestre anterior foi de 80%. O aumento dos lançamentos foi atribuído pela MRV ao às "melhores condições apresentadas pelo programa habitacional", referindo-se ao Casa Verde e Amarela. "A companhia está mais confiante na absorção de seus produtos, graças a melhora na capacidade de compra dos clientes."

Apesar do maior otimismo, o trimestre foi mais de queima de caixa. No período, a geração de caixa da MRV foi negativa em R$ 539,5 milhões contra a queima de R$ 150,6 milhões no quarto trimestre de 2021. No entanto, houve queda da perda de caixa em relação ao terceiro trimestre, quando o saldo ficou negativo em R$ 1,220 bilhão.

Americanas: Gestora de US$ 1 tri reduz participação

Em meio a tempestade perfeita desencadeada por problemas contábeis, a Americanas (AMER3) tem perdido cada vez mais acionistas -- o que se reflete na queda de 85% das ações em pouco mais de uma semana. Desta vez, foi a Nuveen, gestora americana com US$ 1,1 trilhão sob gestão, que reduziu sua participação na companhia. Segundo comunicado enviado à empresa, sua fatia na Americanas caiu para abaixo de 5%. A  Nuveen foi a primeira acionista relevante da empresa a informar a redução para menos de 5% da empresa após o anúncio de inconsistências contábeis. A gestora carregava a posição, pelo menos, desde o ano passado

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