Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Alex Wong/Getty Images)
Repórter
Publicado em 12 de março de 2024 às 06h24.
Última atualização em 12 de março de 2024 às 06h26.
As bolsas internacionais sobem na manhã desta terça-feira, 12, com investidores à espera de novos dados da inflação americana que serão divulgados ainda nesta manhã.
A grande expectativa é para o Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro, previsto para às 9h30. O consenso é de que o CPI fique em 0,4% no mês, com manutenção da alta anual em 3,4%. Para o núcleo, no entanto, é esperado alguma desaceleração, de 3,9% para 3,7%.
Dados abaixo do esperado para a inflação ao consumidor americano tendem a contribuir com o cenário de cortes de juros mais cedo nos Estados Unidos. Mas, o histórico recente de CPIs não têm sido favoráveis. Das últimas cinco divulgações, o CPI superou as expectativas em quatro. Na última, inclusive, investidores viram razões para adiar as apostas para o início do ciclo de queda de juros para junho. Com a próxima decisão do Federal Reserve marcada para a próxima semana, o mercado precifica apenas 3% de chance de corte em março e 19% em maio.
O dia também será de debates sobre a inflação no Brasil. Por aqui, o Banco Central já reduziu a Selic de 13,75% para 11,25%, mas, acredita-se, que ainda há um longo a ser percorrido até chegar à taxa Selic do fim de ciclo, que economistas estimam que seja entre 8% e 9,5%. Até quando seguirão os cortes segue sendo um mistério no mercado. Uma pista pode estar no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) que será divulgado hoje, às 9h. O mercado espera uma alta de 0,78% em fevereiro, com recuo de 4,51% para 4,44% no acumulado de 12 meses.
A Natura anunciou na última noite que seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 979,18 milhões em dividendos referentes ao exercício social de 2023. O montante corresponde a um valor de R$ 0,709 por ação. O pagamento está previsto para o dia 19 de abril. A distribuição foi aprovada mesmo após a companhia registrar R$ 2,7 bilhões de prejuízo líquido no quarto trimestre, cerca do triplo do registrado no mesmo período do ano passado. No ano, o lucro acumulado foi de R$ 2,974 bilhões.