Queda nas ações dos EUA indica hora de comprar, recomendam Goldman e UBS
Expectativa de elevação na taxa de juro desencadeou uma onda vendedora que afetou principalmente as ações de crescimento
Bloomberg
Publicado em 11 de janeiro de 2022 às 15h59.
Sem se incomodar com o início de ano instável do mercado de ações americano, estrategistas do Goldman Sachs e do UBS Global Wealth Management reiteraram suas apostas otimistas de que as bolsas podem resistir a taxas de juros mais altas e aos avanço dosrendimentos dos títulosnos Estados Unidos.
“A liquidação [observada] em alguns papéis de alta qualidade pode estar encerrada em breve”, disseram os estrategistas do Goldman liderados por Cecília Mariotti, em nota divulgada na segunda-feira, 10. Com a expectativa de que os rendimentos reais não subam muito, “é improvável que o valuation se torne uma restrição obrigatória para as ações”, escreveram.
Indicações de que o Federal Reserve ( Fed, banco central americano) pode apertar a política monetária de forma mais agressiva desencadearam uma onda vendedora nos EUA e na Europa, que afetou principalmente as ações de crescimento mais caras e de tecnologia.
“Embora os investidores devam se preparar para a volatilidade à medida que os mercados se ajustam à linha mais hawkish [favorável à alta de juros] do Fed e à última onda de infecções por Covid-19, ainda esperamos que o rali seja retomado”, escreveu Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS Global Wealth Management, em nota divulgada nesta terça-feira, 11. “A normalização da política do Fed não deve prejudicar as perspectivas de crescimento dos lucros corporativos”, apoiada pelos gastos do consumidor e fácil acesso ao capital.
Somando-se ao coro de que um Fed mais hawkish não muda fundamentalmente as perspectivas positivas para as ações, o BlackRock Investment Institute recomendou que os investidores aproveitem as quedas do mercado para adicionar risco ao portfólio.