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Vamos procurar novos mercados no exterior, diz CEO da Unipar (UNIP6)

Para o CEO da Unipar, Maurício Russomano, é necessário diversificar os mercados para superar a redução da demanda de PVC.

o CEO da Unipar 9UNIP6) Carboncloro, Maurício Russomano (EXAME/Exame)
CC

Carlo Cauti

Publicado em 16 de maio de 2022 às 19h23.

A Unipar Carbocloro (UNIP6) registrou um resultado positivo no primeiro trimestre do ano.

Os resultados da Unipar Carboncloro foram divulgados nesta segunda-feira (16).

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Para o CEO da Unipar, Maurício Russomano, o ano começou bem, com "um forte crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano passado, e até mesmo em relação ao quarto trimestre, uma vez depurado dos eventos contábeis atípicos".

"Os vetores de crescimento continuou sendo a cotação elevada da soda cáustica. Por outro lado, o negócio do PVC mudou de direção. Especialmente no Brasil, onde a demanda caiu", explicou Russomano em entrevista exclusiva à EXAME.

Para o executivo, a guerra na Ucrânia teve um impacto muito negativo sobre os negócios.

"A alta dos preços está pesando na operação", diz Russomano, "com a energia que subiu entre 50% e 75%".

Mesmo assim, a empresa "continua buscando excelência operacional para fornecer resultados cada vez mais positivos", salientou Russomano.

"Conseguimos repassar um pedaço do preço. Mas diferente dos outros trimestres, foi nossa capacidade operacional que mudou o jogo. Conseguimos alocar a demanda com novos modelos e soluções para conseguir repassar esses preços dos insumos", salientou o executivo.

Objetivo da Unipar (UNIP6) são novos mercados internacionais

O CEO da Unipar deixou claro que o objetivo da empresa agora é buscar novos mercados internacionais.

"Já exportamos no primeiro trimestre e vamos continuar vendendo no exterior. Conseguimos ser competitivos, porém de forma seletiva. Precisamos escolher bem o país, o segmento, e o cliente. Isso pois os custos do Brasil sempre castigam a gente na hora de ser competitivos", explica o CEO da Unipar Carboncloro.

Para Russomano, o maior concorrente do Brasil no setor químico são os Estados Unidos, que tem maior competitividade por causa da energia barata, logística mais eficiente e mais competitividade do sistema país.

"Se o Brasil tivesse uma competitividade maior, a gente teria mais fábricas no Brasil", disse Russomano.

Unipar cada vez mais ESG

O CEO da Unipar também salientou como a empresa está querendo ser cada vez mais ESG.

"Nos trimestres passados realizamos investimentos em três parques eólicos e solar. E estamos realizando investimentos importantes na área de desenvolvimento humano. Um dos nossos projetos está tendo um impacto direto na vida de 850 pessoas, focando especialmente na educação dos mais jovens", salientou Russomano.

A Unipar Carbocloro vai divulgar seu relatório ESG em agosto deste ano.

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