- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Previ: fundo de pensão com R$ 250 bi em ativos perde presidente
José Maurício Pereira Coelho renuncia ao comando do fundo de pensão dos funcionários do BB, cargo que ocupa há quase três anos e para o qual tinha ainda um ano de mandato
Modo escuro
Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, terá troca no seu comando em junho | Foto: Paulo Whitaker/Reuters (Paulo Whitaker/Reuters)
Publicado em 25 de maio de 2021 às, 20h30.
Última atualização em 25 de maio de 2021 às, 20h42.
A Previ, o maior fundo de pensão do país, com mais de 250 bilhões de reais em patrimônio, vai perder o seu presidente de forma inesperada. José Maurício Pereira Coelho anunciou a sua renúncia ao cargo que ocupa há quase três anos e cujo mandato só se encerraria em maio de 2022, com possibilidade de recondução. Ele ficará no comando da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), até o próximo dia 11 de junho.
Quer saber quais as ações mais promissoras da bolsa? Conte com a assessoria do BTG Pactual digital
Os motivos da sua saída não foram oficialmente revelados, mas comenta-se nos bastidores que são relacionados com a suposta decisão do novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, de trocar o comando do fundo de pensão. Trata-se de uma prerrogativa do cargo.
Os dois antecessores de Ribeiro na presidência do BB, Rubem Novaes (de janeiro de 2019 a setembro de 2020) e André Brandão (de setembro de 2020 a março de 2021), com carreira construída no setor privado, no entanto, não quiseram promover mudanças no comando da Previ.
À frente do fundo de pensão com cerca de 200 mil beneficiários, Pereira Coelho promoveu mudanças estratégicas e operacionais que foram elogiadas por analistas de mercado. Aumentou a segurança e a sustentabilidade do principal plano de previdência da Previ, o Plano 1, com mais de 235 bilhões de reais em ativos.
Logo no seu primeiro ano, em 2018, reverteu o déficit do ano anterior e encerrou aquele exercício com as contas no azul, algo que se tornou recorrente até este ano.
O Plano 1 encerrou 2020 com superávit acumulado de 13,92 bilhões de reais e uma rentabilidade de 17,20%, superando com folga a meta atuarial de 10,46%. Neste ano, com dados parciais até abril, o superávit acumulado superou 20 bilhões de reais.
Sob a gestão de Pereira Coelho, a Previ ampliou de 40,8% em dezembro de 2018 para 46,6% em março passado a fatia alocada em renda fixa, considerando que quase a totalidade dos beneficiários (93% no fim do ano passado) já está aposentada.
Em linha com essa estratégia, um dos últimos atos de Coelho em sua gestão foi a decisão da venda de uma fatia no capital da BRF (BRFS3) no mercado, que acabou sendo adquirida pela Marfrig (MRFG3). O fundo de pensão levantou 651 milhões de reais com a venda de 24 milhões de ações, que reduziu sua participação de 9% para 6,04%.
Os recursos serão utilizados para a compra de títulos públicos de longo prazo, com rentabilidade compatível com o pagamento de benefícios projetados, sem os riscos inerentes da renda variável nesse situação, segundo a Previ.
Preocupação com a governança
A mudança inesperada no comando da Previ causou apreensão entre economistas que acompanham o tema da governança em estatais e fundos de pensão.
Em diferentes ocasiões ao longo das últimas décadas, os fundos de pensão de estatais -- com centenas de bilhões de reais em ativos sob gestão -- foram direcionados pelo governo da vez para promover investimentos que não necessariamente atendiam aos interesses dos milhares de beneficiários dos seus planos de previdência.
A Previ em particular é um fundo de pensão com participação relevante nas maiores empresas de capital aberto do país, com direito a assento(s) no conselho. A lista é extensa: Vale (VALE3), Petrobras (PETR3, PETR4), Magazine Luiza (MGLU3), B3 (B3SA3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) são as empresas com a maior posição em valor.
Pereira Coelho assumiu a Previ em meados de 2018, egresso da BB Seguridade, empresa da qual era o CEO. Antes disso, havia sido vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do BB.
Ribeiro, um funcionário de carreira do BB desde 1988, era o presidente do BB Consórcios desde o ano passado antes de ser nomeado e assumir o comando do banco estatal em abril.
André Brandão deixou o cargo em meio a pressões do presidente Jair Bolsonaro, descontente com um plano anunciado em janeiro de fechamento de agências e demissão voluntária para reduzir custos e tornar a operação do banco mais eficiente em tempos de acelerada transformação digital.
Como reflexo da desconfiança de analistas e investidores quanto à possível interferência do governo na gestão do BB, as suas ações apresentam um desempenho neste ano pior do que o dos seus pares.
As ações do BB caíram 1,34% nesta terça e acumulam queda de 16,39% em 2021, ante recuo de 10,17% do Santander (SANB11) e de 7,32% do Itaú Unibanco (ITUB4). As ações do Bradesco (BBDC4) sobem 1,77% no ano.
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara
Desktop investe no interior e alcança 1 milhão de clientes de internet banda larga em São Paulo
CPFL fortalece sua estratégia ESG com compromissos ambiciosos para 2030
Uso de dados será principal desafio na gestão de pessoas em 2024
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.