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PIB, PMIs, pedidos de seguro desemprego e o que mais move o mercado

Bolsas desaceleram rali após índice americano voltar a fechar em pontuação recorde; dia é de agenda econômica cheia

Campinas: essa é a primeira vez que o toque de recolher é adotado na cidade (Germano Lüders/Exame)

Campinas: essa é a primeira vez que o toque de recolher é adotado na cidade (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 07h00.

Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 10h23.

As bolsas europeias e os índices futuros americanos têm leves quedas no início desta quinta-feira, 3, sinalizando alguma cautela por parte dos investidores, após o S&P 500 renovar o recorde de fechamento na véspera. No último pregão, o mercado brasileiro até começou com alguma realização de lucros, mas voltou a encerrar em alta, renovando a maior pontuação desde fevereiro.

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Nesta quinta, porém, a continuação do rali na bolsa local pode depender do PIB do terceiro trimestre, que terá sua primeira divulgação nesta manhã. Depois de ter caído 9,7% no segundo trimestre, o mercado espera uma recuperação de 9% no terceiro trimestre. Mas, mesmo se as estimativas forem confirmadas, na comparação anual, o PIB ficará em torno de 3,5% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

Peça-chave para a economia nacional, o setor de serviços tem apresentado dificuldade em se recuperar devido as medidas de restrição e pode voltar a pesar negativamente. Nesta manhã, o instituto Markit  irá apresentar mais detalhes sobre o setor brasileiro referente a novembro em sua publicação mensal do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês). Até agosto, o PMI de serviços brasileiro ficou abaixo dos 50 pontos, indicando contração da atividade, mas apresentou alguma retomada em setembro e outubro. Na China, o PMI do setor de serviços, divulgado na noite de quarta-feira, 2, ficou em 57,8 pontos, contribuindo para uma leve alta da bolsa chinesa, que subiu 0,07%.

Embora longe do ideal, o PMI de serviços brasileiro vem, ao menos, se mostrando melhor do que os divulgados na Europa, onde novas medidas de restrição voltaram a pressionar os serviços em meio à segunda onda de coronavírus. Em praticamente todo o continente, os PMIs de serviços vieram abaixo dos 50 pontos.  O destaque negativo ficou com o francês, que ficou em 38,8 pontos, mais de 10 pontos abaixo da linha que delimita a contração da expansão da atividade econômica. Na Zona do Euro como um todo a pontuação foi de 41,7 pontos e no Reino Unido de 47,6 pontos.

Também serão divulgados os PMIs nos Estados Unidos, onde as expectativas apontam para uma pontuação acima de 50 pontos em praticamente todas as categorias. Para o PMI composto, mais abrangente, a estimativa de analistas é de que fique em 57,9 pontos. Mas o dado mais importante entre os PMIs deve ficar com o de atividade não-manufatura, medido pelo ISM. Para o indicador, as projeções são de 56 pontos.

Outro dado americano que deve receber bastante atenção dos investidores é o de pedidos semanais de seguro desemprego, que será o último antes do relatório oficial de empregos não-agrícolas, o payroll. Com a nova onda de isolamento nos Estados Unidos, o número voltou a crescer há duas semanas e economistas já elevaram a barra das expectativas. Depois de o país chegar a registrar 711.000 pedidos de desemprego, agora, o mercado espera algo em torno de 775.000 pedidos. Na última semana, a quantidade ficou em 778.000.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa subiu 0,43% e encerrou em 111.8788,53 pontos. O dólar, porém, subiu 0,27% e terminou o dia sendo vendido a 5,242 reais.

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