O lucro líquido da Petz (PETZ3) caiu 32,6% no quarto trimestre, para R$ 24,89 milhões. O número é ajustado e reflete não só o resultado operacional, mas aumento de depreciação e amortização e a consolidação das aquisições feitas, como Zee.Dog e Petix, bem como  a redução de benefícios fiscais.

A receita líquida da companhia avançou 33%, para R$ 788 milhões, no quarto trimestre. No ano, cresceu 35%, para R$ 2,83 bilhões. 

O Ebitda (lucro líquido antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou estável, somando R$ 69,183 milhões no quarto trimestre. Os números estão ajustados excluindo o impacto de aluguéis de acordo com o IFRS16 e despesas e receitas não recorrentes. 

Cenário mais desafiador do que o previsto

Segundo Sergio Zimerman, em sua mensagem ao acionista, 2022 surpreendeu com um cenário diferente de demanda, contrariando o forte crescimento do setor pet entre 2020 e 2021.

Apesar do recente arrefecimento na inflação Pet, que segundo a empresa permanece em níveis elevados, as categorias discricionárias, como acessórios, tiveram uma performance ainda abaixo das expectativas. E tudo isso veio somada a uma redução da tendência que se via de troca por marcas de maior valor agregado em categorias recorrentes, como alimentação.  "Mesmo com um maior nível de humanização dos pets", observa o executivo.

O que esperar de 2023

Depois de uma forte expansão ao longo de 2022, com 50 novas unidades, e aquisições de negócios como Zee.Dog e Petix, a Petz está fazendo ajustes para esse cenário mais complexo.

Em fevereiro de 2023, algumas unidades de serviços veterinários e de banho e tosa foram temporariamente desativadas em decorrência de estudos de redimensionamento da rede atual. A decisão representa um primeiro movimento da nova agenda estratégica, que busca melhores patamares de rentabilidade e foco operacional, mas também tem objetivo  de estruturar as fundações necessárias para o lançamento de um piloto de plano de saúde ao longo do primeiro semestre de 2023.

"Reforçamos o nosso compromisso de acelerar a curva de captura de sinergia no processo de integração da empresas adquiridas", acrescenta Zimerman em seu texto.