Campo Riacho da Forquilha, no Rio Grande do Norte: petróleo volta a subir nesta sexta-feira (ABPIP/Divulgação)
Repórter de Invest
Publicado em 13 de outubro de 2023 às 08h41.
Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 15h37.
Os preços do petróleo saltam perto de 4% nesta sexta-feira, 13, em meio a sanções impostas pelos Estados Unidos e apreensões com a guerra entre Israel e Hamas. Em reação, a commodity é negociada perto do patamar de US$ 90 o barril.
No Oriente Médio, a preocupação é com uma escalada do conflito que arraste o Irã, grande produtos de petróleo para dentro da guerra. A tensão aumentou após o ministro das Relações Exteriores do Irã alertar que Teerã pode abrir um novo fronte na guerra caso o bloqueio de Israel a Gaza continue. A estimativa da Bloomberg Economics é que o preço do petróleo bruto possa subir para US$ 150 o barril, cortando US$ 1 trilhão da economia mundial.
Para somar às preocupações com a oferta, ontem o governo americano impôs sanções a duas companhias marítimas que violaram o limite máximo do preço do petróleo do G7 estabelecido para conter a guerra entre Rússia e Ucrânia.
O Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA sancionou dois proprietários de petroleiros – um na Turquia e outro nos Emirados Árabes Unidos – que transportam petróleo russo com preços de US$ 80 dólares o barril, enquanto o limite é de US$ 60.
A sanção aumentou os temores sobre a restrição da oferta do petróleo, jogando os preços para cima.
Para os próximos meses, a perspectiva é que a demanda de petróleo também continue alta. Citando a resiliência da economia global e a demanda da China, o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) apontou ontem a manutenção das previsões de aumento diário da demanda pela commodity em 2,4 milhões de barris, neste ano, e em 2,2 milhões de barris em 2024.]
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