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Petrobras reabre processo de venda de três refinarias

Estatal anunciou novo "teaser" para Rnest, Repar e Refap após pouco interesse de empresas pelos ativos

Petrobras: para as três refinarias, a empresa contratou o Citigroup Global Markets Assessoria (Sergio Moraes/Reuters)

Petrobras: para as três refinarias, a empresa contratou o Citigroup Global Markets Assessoria (Sergio Moraes/Reuters)

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Agência O Globo

Publicado em 28 de junho de 2022 às 11h27.

Última atualização em 28 de junho de 2022 às 12h05.

No dia em que o conselho de administração da Petrobras (PETR4) aprovou o nome de Caio Paes de Andrade para comandar a companhia, a estatal reiniciou nesta segunda-feira os processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias.

O processo de venda dessas unidades estava parado desde o ano passado após o baixo interesse das empresas pelos ativos. O plano de desinvestimento em refino da Petrobras representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado.

Refinarias que não saíram do papel

Das oito unidades colocadas à venda, metade ainda não saiu do papel. A refinaria da Bahia, que responde por cerca de 10% da capacidade de refino do país, foi a maior já vendida para o fundo árabe Mubadala. Porém, o negócio, que acabou de completar seis meses é alvo de discussões entre a estatal e os árabes.

Para as três refinarias, a Petrobras contratou o Citigroup Global Markets Assessoria. A estatal informa que interessados precisam se manifestar até o dia 15 de julho.

No caso da Rnest, segundo o "teaser", a venda inclui uma unidade de refino, oleodutos e um terminal. A empresa diz ainda que "há geração de valor significativa a ser capturada por meio de melhorias operacionais e início da operação do segundo trem (unidade) da Rnest.

Com a segunda unidade, a Rnest "representará cerca de 10% da capacidade total de refino de petróleo do Brasil". A empresa não detalhou como será o processo de construção da sua unidades na Rnest.

Petrobras decidiu concluir as obras

Em novembro do ano passado, a Petrobras decidiu concluir as obras para ampliar a capacidade da refinaria que foi alvo da Lava-Jato e, com isso, conseguir vender a refinaria.

A Refap, que inclui uma refinaria e sua infraestrutura logística associada, representa 9% da capacidade de refino do Brasil. A Repar (com uma refinaria, um oleoduto e cinco terminais) também responde po 9% do mercado.

O prazo original acordado com o Cade, que regula a concorrência, para vender as unidades acabou no fim do ano passado, mas foi renegociado, mas o calendário foi mantido em segredo.

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