Petrobras: companhia estatal é presidida por Jean Paul Prates (Wagner Meier/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 14h28.
Em leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na manhã desta quarta-feira, 13, foram arrematados 8 blocos no SP-AUP2 da Bacia de Pelotas com um bônus total foi de R$ 77,76 milhões, com ágio de 252,66%. O investimento previsto na área é de R$ 282,3 milhões.
O consórcio formado por Petrobras (70%) e Shell (30%) arrematou 7 blocos no setor SP-AUP2 da Bacia de Pelotas por um total de R$ 75,3 milhões. A Chevron pagou R$ 2,38 milhões pelo bloco P-M-1275.
Até esse arremate, blocos em 12 setores da Bacia de Pelotas foram leiloados, sendo que seis não receberam ofertas. O bônus acumulado na rodada até agora é de R$ 298,7 milhões.
No leilão, no total, a oferta é 165 blocos da Bacia de Pelotas. Deste total, 44 blocos foram arrematados.
A oferta permanente funciona como um banco de áreas de petróleo e gás natural que são licitadas em ciclos a partir da demanda dos interessados, em substituição aos leilões tradicionais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizados desde 1999, em que os blocos ofertados eram designados pelo governo.
Especificamente no regime de concessão dentro da Oferta Permanente, 87 empresas estão aptas a participar, mas somente 21 delas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta para os 33 setores em jogo na quarta, que reúnem um total de 602 blocos. No regime de concessão, vence a disputa a empresa que oferecer o maior bônus de assinatura e se comprometer a executar o Programa Exploratório Mínimo (PEM).
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também disse nesta quarta-feira, que a empresa não vai recomprar a Refinaria de Mataripe do grupo Mubadala, do Fundo Soberano de Abu Dhabi.
Ele disse que a Petrobras mantém conversas com o grupo privado para um "projeto maior", que envolve um memorando de entendimentos para um projeto ligado à produção de biocombustíveis no futuro.
Prates fez os comentários durante o leilão de áreas exploratórias para regime de concessão.
No mês passado, no fim da apresentação do plano estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028, Prates havia indicado que a recompra era sim uma possibilidade.
Nesta quarta, ao mesmo tempo em que negou tratativas do tipo com relação à Mataripe, Prates negou qualquer tentativa relacionada à Refinaria da Amazônia, comprada da Petrobras pelo Grupo Atem.
"Não há nada com a Refinaria da Amazônia. A Reman é da Atem. Assim como Mataripe é do Mubadala", disse Prates em tom definitivo.