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Payroll nos EUA, arcabouço fiscal, balanços de Magalu e Via e o que move os mercados

Números do mercado de trabalho norte-americano e daqui, com o Caged, são esperados e podem intensificar o temor com as políticas monetárias; agenda corporativa segue intensa

Painel de cotações da B3: balanços de Magalu e Via serão apresentados após o fechamento de mercado (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3: balanços de Magalu e Via serão apresentados após o fechamento de mercado (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 9 de março de 2023 às 07h18.

Sem grandes temas na agenda, os índices futuros norte-americanos operam em queda acompanhados do viés de baixa das bolsas europeias, que já começaram a operar. Ainda refletem as falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que sinalizou a necessidade de um remédio mais amargo na política monetária dos Estados Unidos.

O mercado também aguarda os números do payroll, que traz os dados do mercado de trabalho nos EUA. Se os dados indicarem resiliência, com aumento ou manutenção do número de pessoas empregadas e avanço dos salários, a necessidade de juros mais altos se faz mais evidente.

Por aqui, além dos números do trabalho nos EUA, os investidores esperam os dados do Caged, base de dados do Ministério do Trabalho que traz indicadores do mercado formal, ou seja, registros e desligamentos com carteira assinada.

O mercado também aguarda ansioso por novidades do novo arcabouço fiscal, que será tema de reunião entre a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): -0,22%
  • S&P 500 futuro (Nova York): -0,35%
  • Nasdaq futuro (Nova York): -0,57%
  • DAX (Frankfurt): - 0,34%
  • CAC 40 (Paris): - 0,54%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,73%
  • Stoxx 600 (Europa): - 0,58%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 0,63%

Credit Suisse é preocupação no exterior

Investidores, especialmente os europeus, estão de olho na saúde do banco suíço Credit Suisse. A insitituição financeira informou que vai atrasar a divulgação dos números do ano fiscal de 2022 após a SEC, a CVM dos EUA, questionar dados dos resultados de 2019 e 2020.

Inflação na China

A China divulgou números da inflação, que trouxe algum alívio para o mercado global. Tanto o CPI quanto o PPI surpreenderam para baixo.

A inflação ao consumidor variou apenas 1,0% em fevereiro versus o mesmo mês do ano passado, ante expectativa de 1,9%. Já a inflação ao produtor exibiu deflação de 1,4%, mais intensa do que os 1,3% esperados.

Novo arcabouço fiscal

Investidores devem ficar atentos a novidades sobre o novo arcabouço fiscal, que deve ser apresentado ainda este mês. A proposta deve substituir o teto de gastos, e pode trazer mais previsibilidade ao mercado de como o governo pretende equilibrar as contas públicas.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que se reuniria hoje com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para analisar a nova regra fiscal sob a ótica da Secretaria do Orçamento Federal (SOF). Haddad já havia sinalizado na segunda-feira que o desenho do modelo fiscal estava pronto.

Balanços: Magalu, Via e Arezzo divulgam resultados

A temporada de balanços do quarto trimestre entra no dia das varejistas nesta quinta-feira, 9. Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Arezzo (ARZZ3) são três das 12 empresas que divulgam seus resultados hoje após o fechamento de mercado.

No último trimestre, as empresas de varejo e-commerce ficaram no prejuízo. Magalu teve prejuízo de R$ 166,8 milhões, enquanto a Via, dona das Casas Bahia e Ponto, teve saldo negativo de R$ 203 milhões. Já a Arezzo, voltada para alta renda, teve lucro líquido ajustado de R$ 103 milhões – alta de 25,7% frente ao mesmo período do ano anterior.

Como o Ibovespa fechou ontem?

O Ibovespa saltou mais de 2% na última quarta-feira, 8, em dia de forte recuperação na bolsa local. O grande foco dos investidores foi o novo arcabouço fiscal, que deve ser apresentado ainda este mês. A proposta deve substituir o teto de gastos, e pode trazer mais previsibilidade ao mercado de como o governo pretende equilibrar as contas públicas.

Os agentes de mercado estão com a expectativa que – se bem recebido – o arcabouço pode fazer o Copom cortar a taxa básica de juros já na próxima reunião do dia 22.

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