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O pior ficou para trás? O que a temporada de balanços do 3º trim. diz sobre as empresas do Ibovespa

Analistas veem pontos positivos, apesar de tombo de 25% em lucro das empresas do Ibovespa

Painel de cotações da B3: lucro do Ibovespa caiu 25% no 3º tri (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Painel de cotações da B3: lucro do Ibovespa caiu 25% no 3º tri (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 22 de novembro de 2023 às 17h38.

Última atualização em 22 de novembro de 2023 às 18h00.

O lucro das empresas que compõem o Ibovespa caiu 25% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados compilados pelo Bank of America. A receita teve contração de 6%.

A boa notícia é a de que as baixas foram concentradas em poucos nomes: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que foram prejudicadas pela queda das commodities, que vinham de fortes altas no ano passado. Sem os setores de energia (o qual a Petrobras está inserida) e de metais (da Vale), a receita das empresas do Ibovespa teria crescido em 1% e o lucro, em 6%.

O crescimento do lucro, excluindo energia e metais, foi o primeiro das empresas do Ibovespa desde o primeiro trimestre de 2022. Pelas projeções do Bank of America, a expansão de lucros deve ganhar ainda mais tração.

No terceiro trimestre, uma das principais contribuições veio justamente do setor mais sensíveis à atividade econômica, o de consumo discricionário, com alta de 461% no lucro por ação. De nove empresas do setor que compõem o Ibovespa, sete apresentaram resultados acima das estimativas, uma em linha e outra abaixo.

Das 83 empresas do Ibovespa, 40% superaram as estimativas do mercado e 25% apresentaram números abaixo do consenso em balanços do terceiro trimestre.

Otimismo e alta das ações

"Tornou-se evidente que o piso foi atingido no segundo trimestre. Parece que o pior já passou", escreveram analistas do Santander em relatório.

Essa melhora de percepção, segundo o Bank of America, deverá ter reflexos positivos nos preços das ações de empresas domésticas. O gatilho, afirmaram os analistas, deverá vir das políticas monetárias dos Estados Unidos e Brasil.

"Com as taxas [de juros futuras] dos Estados Unidos finalmente caindo, vemos espaço para uma narrativa doméstica positiva daqui para frente e vemos espaço para nomes sensíveis às taxas de juros terem um bom desempenho."

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