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Nvidia supera consenso e tem lucro de US$ 16,6 bilhões no 2º tri; ações caem

Desenvolvedora de chips reportou faturamento de R$ 30 bilhões, alta de 122% em base anual

Jensen Huang, CEO da Nvidia: empresa divulgou resultados nesta quarta-feira (David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images)

Jensen Huang, CEO da Nvidia: empresa divulgou resultados nesta quarta-feira (David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 17h32.

Última atualização em 28 de agosto de 2024 às 18h01.

A Nvidia reportou na tarde desta quarta-feira, 28, seu balanço do segundo trimestre – o mais aguardado da temporada de resultados nos Estados Unidos.

A desenvolvedora de chips apresentou um lucro de US$ 16,6 bilhões no trimestre. O montante equivale a US$ 0,68 por ação – acima das expectativas, que esperavam US$ 0,64 por papel segundo consenso de analistas consultados pela LSEG.

O faturamento da empresa foi de R$ 30,04 bilhões, acima dos US$ 28,7 bilhões esperados pelo mercado. O valor representa um crescimento de 122% em base anual. 

A empresa também aprovou US$ 50 bilhões em recompra de ações.

Guidance decepcionou?

Para além dos resultados, investidores esperavam a divulgação do guidance de receita para o próximo balanço. A Nvidia estimou que sua receita para o terceiro trimestre deve ficar em US$ 32,5 bilhões, acima da média da LSEG que esperava um guidance de US$ 31,77 bilhões. As projeções, no entanto, ficaram aquém das estimativas mais otimistas, que iam até US$ 31, 9 bilhões.

O fator pode ser um dos motivos de queda do papel após a divulgação do balanço: às 18h (de Brasília), os papéis da Nvidia caem 4,16% no after market. Uma possível preocupação é que o potencial estrondoso de crescimento da empresa diminua nos próximos trimestres.

A Nvidia também sinalizou problemas de produção com o aguardado novo chip Blackwell, que pode afetar os próximos resultados da companhia.

"O quarto e o primeiro trimestres fiscais estão mais expostos a quaisquer atrasos relacionados ao Blackwell, e esperamos que o consenso, após a teleconferência de resultados, provavelmente reduza as previsões para o quarto e o primeiro trimestres fiscais para algo em torno de US$ 30 bilhões/US$ 30 bilhões, em comparação com as estimativas atuais de US$ 31,5 bilhões/US$ 34,5 bilhões."

O mercado, no entanto, continua otimista em relação à demanda pelos chips da Nvidia. "Não há absolutamente nenhum sinal de fraqueza na demanda até o momento. Na verdade, é exatamente o oposto: Microsoft, Meta e Amazon reforçaram seus investimentos para os próximos trimestres. Ao mesmo tempo, a visibilidade permanece forte até o final do ano calendário de 2025, embora haja incerteza em relação ao ano de 2026", afirma o Itaú BBA em relatório.

 Somente em agosto, as ações da Nvidia acumularam alta de 12,56%, e desde o início do ano os papéis subiram 160%.

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