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Nubank: analistas esperam mais um trimestre de crescimento – e prejuízo

Fintech deve manter ganhos de receita e número de clientes; desaceleração do crédito é esperada

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Bandeira com o logo do Nubank na frente do prédio da Bolsa de Nova York, no dia de estreia das ações da companhia: fintech apresenta balanço nesta segunda-feira (Nubank/Divulgação)

Bandeira com o logo do Nubank na frente do prédio da Bolsa de Nova York, no dia de estreia das ações da companhia: fintech apresenta balanço nesta segunda-feira (Nubank/Divulgação)

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Beatriz Quesada

Publicado em 15 de agosto de 2022 às, 06h01.

Última atualização em 15 de agosto de 2022 às, 18h39.

Veja o resultado do balanço: Nubank tem lucro de US$ 17 mi e receita recorde com monetização da base

O Nubank (NUBR33), maior fintech da América Latina, apresenta seu balanço do segundo trimestre nesta segunda-feira, 15, após o fechamento do mercado. Este será o terceiro resultado da companhia após a abertura de capital, e a expectativa dos analistas é que o Nubank continue apresentando crescimento em receita e número clientes. O lucro, no entanto, deve continuar sendo prejudicado pelo cenário macroeconômico adverso.

A projeção dos analistas do Bradesco BBI é que o Nubank apresente um prejuízo líquido de US$ 52 milhões, aprofundando a baixa de US$ 45 milhões registrada no primeiro trimestre. Vale lembrar que a fintech teve lucrou US$ 10,1 milhões no último trimestre se considerado o lucro líquido ajustado, que exclui a remuneração via opções de ações.

O motivo para um novo prejuízo seria a continuação de “tendências desafiadoras” no período, que incluem juros mais altos e aceleração da inflação.

“A receita deve ser o destaque positivo, sustentada pelo crescimento sequencial da base de clientes. Ainda assim, a elevação da taxa Selic deve minimizar, parcialmente, a melhor receita com juros”, informam os analistas.

A expectativa é que o Nubank registre uma expansão de 184,2% na comparação anual, impulsionado, principalmente, por uma receita maior com juros mais altos e pelo crescimento do número de clientes. 

O BBI projeta um total de 63,9 milhões de clientes, alta de 7,2% na comparação trimestral e avanço de 53,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Já a receita com juros deve subir 12,9% ante o primeiro trimestre e 278% na comparação anual, para US$ 699 milhões.

Os ganhos com juros mais altos, no entanto, devem ser suprimidos pelo aumento no custo de captação, que também acompanha a alta da Selic. O BBI estima que os custos de captação atinjam US$ 313 milhões, uma alta de 14,6% contra o período de janeiro a março e um avanço de 446% na comparação ano a ano.

A elevação da taxa Selic – que saltou 9 pontos percentuais entre o segundo trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano – também deve impedir ainda uma melhora da receita líquida de juros (NII), segundo o BBI. 

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Já a receita média mensal por cliente ativo — ARPAC, na sigla em inglês —, que indica se o banco digital é capaz de rentabilizar a operação em cima do crescimento da base, deve ficar em US$ 6,6/cliente ativo. O valor seria pouco abaixo dos US$ 6,7 registrados nos primeiro trimestre. “O ARPAC também poderia se beneficiar de em parte pelo real mais forte e seu impacto positivo nas margens”, informa o relatório.

Outra projeção do banco é que as despesas operacionais do Nubank permaneçam pressionado pelos investimentos no México e na Colômbia e pelo maior nível de inflação durante o período.

Desaceleração do crédito

O Nubank deve também desacelerar sua operação de crédito, segundo o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME). 

“O feedback que recebemos da administração é que o crescimento do crédito deve desacelerar principalmente a carteira de crédito pessoal, onde o Nubank vem aumentando as taxas e ajustando os limites de crédito”, informa o relatório. As taxas aumentaram de cerca de 4% para 5,5% ao mês no segundo trimestre, segundo o BTG.

No segmento de cartões – onde a empresa tem experiência de 10 anos contra outras operações de crédito – a expectativa é que o crescimento continue, impulsionado tanto por novas funcionalidades de pagamento quanto pela subsidiária mexicana.

“A perspectiva de longo prazo permanece a mesma, mas o cenário se deteriorou. O impacto deve ser maior no índice de inadimplência de mais de 90 dias, mas pudemos observar melhor desempenho nos índices de curto prazo (15 a 90 dias) também ajudado pela menor sazonalidade no segundo trimestre”, afirmam os analistas.

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