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No radar: feriado nos EUA, Caged e o que mais move o mercado nesta quinta

Em mês com a maior entrada de capital estrangeiro na bolsa, menor fluxo externo é desafio para a manutenção dos 110 mil pontos

 (Marcello Casal/Agência Brasil)

(Marcello Casal/Agência Brasil)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 26 de novembro de 2020 às 06h58.

Última atualização em 26 de novembro de 2020 às 13h22.

Depois de a forte entrada de investidores estrangeiros na bolsa levar o Ibovespa a fechar acima dos 110.000 pontos pela primeira vez em nove meses, nesta quinta-feira, 26, o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos pode ser desafio para a manutenção da marca.

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Até o dia 23 de novembro, data do último dado disponibilizado pela B3, o saldo de capital externo na bolsa estava positivo em 26,7 bilhões de reais no mês, mesmo sem a participação em IPOs.

O segundo mês com a maior entrada de fluxo estrangeiro foi junho, quando o saldo ficou positivo em 1,864 bilhão de reais – 93% menor do que o registrado até então em novembro.

O feriado no maior mercado do mundo também deve resultar em um dia de menor liquidez tanto no mercado de ações quanto no câmbio, além de uma falta de uma referência, ainda que os índices futuros americanos continuem sendo negociados.

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Nos Estados Unidos, os índices futuros apresentam leves altas, após o S&P 500 e o Dow Jones, que vinham de máximas históricas passarem por um movimento de realização na véspera. Já no Brasil, os investidores ignoraram a correção do exterior e firmou mais uma alta no último pregão, renovando a máxima desde fevereiro. Na Europa, as bolsas caem nesta manhã.

Por outro lado, sem o mercado americano para perseguir e com as bolsas europeias mistas, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de outubro podem receber uma atenção extra do mercado. E as expectativas são positivas.

Ainda na quinta-feira, o ministro Paulo Guedes se mostrou otimista com o que está por vir. “Tivemos Caged positivo nos últimos meses e amanhã tem mais”, disse em encontro com investidores. “Nós caímos três meses e nos três meses seguintes já estávamos subindo.”

Pelo consenso de mercado medido pela Bloomberg, o número deve ficar em 220.000 novos empregos formais no mês. Se confirmada a expectativa, a quantidade mostraria uma desaceleração do mercado de trabalho, tendo em vista que em setembro foram criados 313.564 empregos formais.

Oi

A Oi inicia nesta quinta-feira uma série de leilões para venda de ativos da empresa, que está em recuperação judicial. A meta é levantar mais de 20 bilhões de reais, segundo seu último plano de recuperação, homologado em outubro pela Justiça. O montante será usado para pagar credores e investir com o que sobrar.

O leilão desta quinta será das torres e data centers, enquanto, em dezembro, acontece a venda das redes móveis, que tem um consórcio de TIM, Vivo e Claro como interessadas. Candidatos já fizeram ofertas, e o leilão deve ter poucas surpresas. No ano que vem, serão feitos ainda leilões para a venda da TV por assinatura e parte do segmento de fibra ótica. A empresa deve se concentrar a partir de agora na participação restante no setor de fibra ótica e em serviços corporativos.

Cemig

A Cemig concluiu a aquisição de 49% em sete sociedades de geração de energia solar, que totalizam uma potencia instalada de 29,45MWp. Os ativos serão destinados à Cemig SIM, destinada ao mercado de geração distribuída, em que o consumo é feito próximo ao local de geração de energia. com a aquisição, a Cemig Sim mais do que dobrou sua potência instalada, passando a ser de 46,27 MWp. Essa energia é suficiente para atender 2.100 unidades comerciais e industriais de baixa tensão. O montante gasto com a compra foi de 54,92 milhões de reais.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa subiu 0,32% para 110.132,53 pontos. O dólar caiu 1,03% e encerrou sendo vendido a 5,3202 reais.

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*Com colaboração de Carol Riveira

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