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Maioria das bolsas da Europa fecha em baixa, com cautela antes de indicadores e decisões de BCs

O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, alertou para o ritmo do aumento dos salários, que pode influenciar na inflação

Luis de Guindos, vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) (Juanma Serrano/Getty Images)

Luis de Guindos, vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) (Juanma Serrano/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 4 de dezembro de 2023 às 15h30.

Última atualização em 4 de dezembro de 2023 às 15h35.

As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa nesta segunda-feira, 4, em um ambiente de cautela no qual os próximos passos da política monetária dos principais bancos centrais é observado.

Indicadores de atividade e as últimas decisões de 2023 são aguardados com grande expectativa, já que podem pavimentar o caminho para a postura das autoridades ao longo de 2024.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,11%, a 465 68 pontos.

Nesta segunda-feira, o vice do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, alertou para o ritmo ainda robusto do aumento dos salários, que pode influir na inflação adiante. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,18%, a 7.332,59 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 0,05%, a 29.914,09 pontos. Já em Madri, o Ibex 35 ganhou 0,40%, a 10.181,10 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0 04%, a 16.404,76 pontos. Os números são preliminares.

Para o analista da Oanda Craig Erlam, as próximas semanas poderão ser enormes para os mercados financeiros em 2024, com uma série de dados dos EUA nos próximos dias preparando para a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no dia 13.

O evento de destaque é o relatório sobre o emprego na sexta-feira, com o Fed ainda aparentemente na opinião de que fazer com que a inflação volte de forma sustentável à meta exigirá mais alguma folga no mercado de trabalho, aponta.

Outro relatório mais fraco, especialmente aquele acompanhado de um crescimento salarial mensal de 0,2%, poderá alimentar ainda mais a crença de que não só o ciclo de aperto terminou como os cortes nas taxas podem não estar longe, diz o analista.

Já na sexta-feira, a Fitch reafirmou o rating AA- do Reino Unido com perspectiva negativa, e citou em comunicado o quadro de dívida pública elevada e incertezas nas relações com a União Europeia, desde a saída do país do bloco (Brexit). Para a Fitch, a consolidação fiscal do país é algo incerto, diante do crescimento mais fraco e da inflação persistente. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,22%, a 7.512,96 pontos.

Na contramão, o PSI 20 subiu 0,69% em Lisboa, a 6.572,24 pontos. O destaque na cidade é o avanço do BCP, que avançou 4,13%, seguindo a notícia de que a instituição financeira voltará ao Stoxx 600. A reentrada do banco no índice referência na Europa acontecerá no próximo dia 18 de dezembro, juntando-se às portuguesas EDP, Galp e Jerónimo Martins. Desde o início do ano, o BCP acumula ganhos de mais de 100%.

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